IX Encontro de Iniciação Científica & VIII Encontro de Extensão

Eleições Para Além do Voto: As Ciências a Serviço da Cidadania

Juazeiro do Norte - CE


ISSN 1984-1876Setembro/2016

Aplicação de Sistemas de Informações Geográficas para o Planejamento Urbano

Patrícia Ramos de Melo1

Pâmela Alves de Almeida2

Vladimir Sobral de Souza3

Introdução: O Brasil vive atualmente uma era de grande crise política, mas principalmente social. Problemas ligados a saneamento básico, transporte público, segurança, meio ambiente, saúde e educação são, infelizmente, mais comuns do que se imagina. Uma das principais causas é o crescimento das cidades de forma rápida e sem planejamento, despreocupado com consequências futuras. Reuniões internacionais como a Conferência de Estocolmo em 1972 e a Rio 92, foram de grande importância para que os governos se responsabilizassem em garantir à população uma cidade adequada às suas necessidades e sustentável. Colaborando com isso, no ano de 2001 foi outorgada a Lei n° 10.257, denominada Estatuto das Cidades, que estabelece normas e diretrizes em prol do bem coletivo, bem-estar dos cidadãos, segurança e equilíbrio ambiental. Porém, para um bom planejamento faz-se necessário informações precisas do espaço territorial urbano o que não são comuns nas gestões públicas municipais. A ausência ou imprecisão de informações geográficas e ainda dificuldade no acesso, pode inviabilizar ou reduzir a efetividade de instrumentos de gestão urbana que façam políticas públicas terem real efeito na vida da grande população. Para a efetiva implementação desses instrumentos de política urbana previstos Estatuto das Cidades, faz-se necessário a existência de uma infra-estrutra geoinformacional, que permite o conhecimento pleno do espaço territorial urbano. (Fantim et al., 2005) Como forma de tentar apresentar uma solução possível para esta problemática, este trabalho abordará a Aplicação de Sistemas de Informações Geográficas para o Planejamento Urbano. Esse sistema é um ambiente computacional usado para coletar, armazenar (em uma base de dados especial), manipular, analisar, produzir e disseminar informações geográficas (Goodchild, 1997 apud. Bugs, 2012). A partir do final da década de 90, a utilização de SIG para o planejamento participativo é conhecido como Participação Pública em SIG (PP-SIG). Essa base de dados é importante, pois utiliza-se de meios que podem ser compreendidos até pelo público mais leigo, porém sem ter sua precisão decrescida. Outra grande vantagem é a sua flexibilidade nas áreas de atuação, podendo ser utilizado para segurança, mobilidade urbana, ferramenta de controle ambiental, de acompanhamento de fenômenos naturais, hidrografia, dentre outros. Atualmente, outro grande aliado do SIG é a internet, visto que o fluxo de informações transmitidas e sua velocidade são muito grandes, o que traz uma maior interação da população em geral com os poderes públicos. Assim sendo, acredita-se que o planejamento urbano participativo deva se aproximar de tecnologias que permitam a criação de técnicas e metodologias de participação mais interativas, emancipatórias e colaborativas. (Bugs, 2012) Objetivo: O presente artigo visa apresentar como objetivo geral propostas para o beneficiamento do planejamento urbano a partir de Sistemas de Informações Geográficas. Como objetivos específicos, pontuar casos em que a utilização dos Sistemas de Informação Geográficas beneficiou a população e contribuíram para a elaboração de um projeto de planejamento urbano mais eficaz. E ainda observar como a utilização de Sistemas de Informação Geográficas é importante para a tomada de decisões e implementação de políticas públicas. Metodologia: O presente trabalho acadêmico foi desenvolvido através de pesquisas bibliográficas, sendo feita a análise de materiais disponíveis em livros, publicações escritas e digitais e palestras on line. Posteriormente, os dados coletados foram selecionados e organizados. A partir disso, os resultados serão aferidos. Conclusão: As experiências apresentadas deixam claro, que um planejamento urbano que funcione de fato, sem bases de informação realista, é inexequível, visto que ele não vai se adequar aos problemas enfrentados pela população e na velocidade que ocorrem. O SIG apresenta-se como uma opção viável para fornecimento dessas bases de dados.

Palavras-Chave: Geoinformação, Urbanismo, Políticas Públicas

  1. Autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  2. Co-autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  3. Orientador, Mestrado (Concluído), UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB