IX Encontro de Iniciação Científica & VIII Encontro de Extensão

Eleições Para Além do Voto: As Ciências a Serviço da Cidadania

Juazeiro do Norte - CE


ISSN 1984-1876Setembro/2016

MARCHA DAS MARGARIDAS: SINDICALISMO RURAL E QUESTÕES DE GÊNERO

Ravenna Soares Rodrigues1

Amanda de Souza Silva2

Matheus de Lima Claudino3

Priscila Ribeiro Jeronimo Diniz4

Introdução: Margarida Maria Alves nasceu no ano de 1933, na cidade de Alagoa Grande, estado da Paraíba. Foi a primeira mulher a exercer a presidência do sindicato dos trabalhadores e trabalhadoras rurais do seu município. Durante sua gestão lutou pelos direitos trabalhistas, movendo mais de 600 ações, dentre essas ações algumas pelos direitos dos trabalhadores de usina fez com que surgisse um conflito de interesses do proprietário da maior usina de açúcar da região (Usina Tanques) e de alguns senhores de engenho. Em 12 de agosto de 1983, Margarida foi assassinada a mando de usineiros da região. O crime causou repercussão nacional e internacional, despertando interesse dos órgãos que defendem os direitos humanos. Após seu falecimento tornou-se símbolo de luta sindical rural fortalecendo a resistência da mulher no campo. A crescente emergência das mulheres rurais engajadas nos movimentos sociais proporcionou seu reconhecimento como sujeito político, rompendo a barreira da invisibilidade e adquirindo prestígio de trabalhadora como tal. Nesse contexto, as mulheres rurais uniram-se e criaram seu próprio movimento denominado Marcha das Margaridas, que é um dos maiores movimentos da América Latina consolidada no ano de 2000. A marcha acontece de três em três anos em Brasília. A união das mulheres trabalhadoras provoca a reflexão sobre as desigualdades de gênero, assim como surge o despertar para a reivindicação por sindicalização, direitos trabalhistas e maior participação política. Objetivo: Este artigo tem a finalidade de identificar como o gênero é constituído na Marcha das Margaridas e analisar como ocorrem os desdobramentos da participação ativa das mulheres em busca do enraizamento do poder que o movimento propaga diante da sociedade. Averiguar como se dar as políticas públicas em prol do direito do trabalho coletivo da mulher do campo, na qual almejam fortalecer o protagonismo da força sindical rural. Metodologia: Com o propósito de expor e atingir o objetivo aqui discutido foi realizado uma pesquisa bibliográfica e documental de cunho qualitativo, baseadas na análise e interpretação de livros, artigos e documentos. Com a finalidade de abordar questões no que diz respeito à chegada das mulheres rurais com a Marcha das Margaridas combinada a luta sindical rural constante, afim da equiparação de gênero. Conclusão: Nesse sentido, a união dessas mulheres na busca de fortalecer o protagonismo da força sindical diante das reivindicações da categoria de trabalhadoras rurais articuladas a visibilidade de contribuição na construção do processo de desenvolvimento rural e direitos trabalhistas, a fim de romper o modelo de estruturas sociais hierarquizada e predominantemente masculina, aflorando um novo cenário de desenvolvimento do país.

Palavras-Chave: Movimentos socias, Marcha das Margaridas, Gênero

  1. Autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  2. Co-autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  3. Co-autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  4. Orientador, Mestrado (Concluído), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP