IX Encontro de Iniciação Científica & VIII Encontro de Extensão

Eleições Para Além do Voto: As Ciências a Serviço da Cidadania

Juazeiro do Norte - CE


ISSN 1984-1876Setembro/2016

Avaliação da citotoxidade de Lippia sidoides contra Drosophila melanogaster

Francidalva Dias Crispim1

Lays Veríssimo Zógob Pereira2

Maria Beatriz Neves Nascimento3

Francisco Assis Bezerra da Cunha4

Introdução: Lippia sidoides é um arbusto pertencente à família Verbenaceae, popularmente conhecido como alecrim-pimenta, sendo facilmente encontrada na região do nordeste brasileiro (COSTA et al., 2001; SOUSA et al., 2002). A utilização de plantas medicinais vem deixando de ser uma prática rudimentar para se tornar um método mais eficiente para a cura de doenças, o que poderá vir a diminuir a utilização em larga escala de fármacos. Os quais vem consecutivamente provocando a seletividade de microrganismos patogênicos. Existe uma grande variabilidade de plantas que possuem um potencial bioativo bastante relevante (MARTINS et al., 2000). O óleo essencial de Lippia sidoides apresenta atividade bactericida, fungicida, moluscicida e larvicida, atribuídas a presença de Timol e Carvacrol. Estes compostos químicos são relevantes na área da odontologia, sendo constantemente utilizado na prevenção de cáries e doença periodontal (LOBO, 2009). Objetivo: Avaliar a atividade citotóxica de Lippia sidoides contra Drosophila melanogaster através dos testes de mortalidade e de danos ao aparelho locomotor. Metodologia: Moscas adultas (machos e fêmeas), em número de 20, foram dispostas em frascos, previamente preparados com uma solução de sacarose em água destilada, na concentração de 20%. Esta solução foi embebida em papel filtro, disposto no fundo do vidro e na tampa se aderiu papel vegetal para receber as diversas concentrações do óleo essencial. Os vidros receberam os seguintes tratamentos: Controle sacarose a 20% e tratamento, nas dosagens de: 0,5 mg, 1,0 mg e 1,5 mg. Com temperatura controlada a 25⁰C ± 1⁰C e umidade relativa do ar de 60%. Os testes foram realizados em triplicatas e as leituras da taxa de mortalidade e geotaxia foram feitas a cada uma hora (CUNHA et. al., 2015). Conclusão: O perfil fitoquímico do óleo essencial foi determinado por Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massa – GC-MS e Cromatografia Gasosa por Detector com Ionização de Chama – GC-FID. O constituinte majoritário foi o Timol. Os testes de mortalidade demonstraram uma forte atividade citotóxica, apresentando uma CL50 de 1.401, 98 µg/mL em 1 hora. A citotoxicidade encontrada para o óleo essencial de L. sidoides contra o artrópodo-modelo D. melanogaster apresenta um potencial inseticida. Neste contexto poderá ser testado contra organismos alvos, especialmente dípteros que são pragas para a agricultura ou vetores de doenças. Novos testes estão em curso visando a se avaliar o envolvimento de enzimas detoxificantes de xenobióticos e os mecanismo de sinalização celular envolvidos. REFERÊNCIAS COSTA, S. M. O.; LEMOS, T. L. G.; PESSOA, O. D. L.; PESSOA, C.; MONTENEGRO, R. C.; BRAZ-FILHO, R. Chemical constituents from Lippia sidoides and citotoxic activity. J. Nat. Prod., v. 64, n. 6, p- 792-795, 2001. LOBO, P. L. D. Avaliação in vivo do óleo essencial de Lippia sidoides nas apresentações farmacêuticas: bochecho, gel e dentifrício, frente aos Streptococcus mutans em crianças com cárie. Fortaleza, 2009. MARTINS, E. R.; CASTRO, D. M.; CASTELLANI, D. C.; DIAS, J. E. Plantas medicinais. Viçosa: UFV, 2000. 220 p. SOUSA, E. M. D. B.; CHIAVONE-FILHO, O.; MORENO, M. T.; SILVA, D. N.; MARQUES, M. O. M.; MEIRELES, M. A. A. Experimetal results for the extraction of essential oil from Lippia sidoides cham using pressurized carbon dioxide. Braz. J. Chem. Eng., v. 19, n. 2, p. 229-241, 2002. CUNHA, F. A. B.; WALLAU, L. G.; PINHO, I. A.; NUNES, M. E. M.; LEITE, N. F.; TINTINO, S. R.; COSTA, G. M.; ATHAYDE, M. L.; BOLIGON, A. A.; COUTINHO, H. D. M.; PEREIRA, A. B.; POSSER, T.; FRANCO, J. L. Eugenia uniflora leaves essential oil induces toxicity in Drosophila melanogaster: involvement of oxidative stress mechanisms. Toxicology Research, v. 4, p. 634-644, 2015.

Palavras-Chave: Compostos Químicos, Seletividade Bacteriana, Atividade Bioinseticida

  1. Autor, Graduação (Cursando), UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA
  2. Co-autor, Graduação (Cursando), UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA
  3. Co-autor, Graduação (Cursando), UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA
  4. Orientador, Doutorado (Concluído), UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSM