Introdução: O presente artigo está inserido no campo do Direito do Trabalho, tendo como base a discussão acerca da discriminação da mulher nesse âmbito. O tema desse trabalho centra-se na análise da importância das revoluções político-culturais para a inserção da mulher no mercado de trabalho, evidenciando os reflexos trazidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas para a evolução das garantias e direitos constitucionais, e demonstrando uma notória influência destas revoluções para o alcance de uma paridade, onde homens e mulheres possuem as mesmas oportunidades de ingresso e ascensão no mercado de trabalho brasileiro, culminando em uma sociedade mais justa e plenamente democrática. Objetivo: GERAL: Analisar os movimentos político-culturais que contribuíram para a edição de uma legislação específica sobre o trabalho da mulher. ESPECÍFICOS: -Abordar o capítulo III – Da Proteção do Trabalho da Mulher (CLT); -Analisar o contexto histórico que deu ensejo a uma maior visibilidade da mulher no mercado de trabalho; -Reiterar a importância do Princípio da Isonomia dentro das relações trabalhistas. Metodologia: A metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho se desenvolveu através do estudo teórico e do método qualitativo, por buscar compreender a aplicação de princípios constitucionais no âmbito trabalhista. A pesquisa realizada pode ser classificada como descritiva documental e bibliográfica. Conclusão: Pela observância dos movimentos e revoluções abordados no presente artigo, conclui-se que houve de fato, uma notória influência para o alcance de um patamar de igualdade entre homens e mulheres. Estas, que antes eram submissas, tendo como deveres o cuidar da casa, das crianças, o cuidar do marido e dos pais, passou a contribuir de forma significante na inovação do mercado de trabalho. Ao analisar os aspectos da Revolução Industrial, observa-se que como consequência do êxodo rural, as mulheres do campo direcionaram-se para as cidades, onde ocorria um intenso avanço em termos de produtividade de bens de consumo, gerando a necessidade de um aumento de mão-de-obra, sendo esta situação relevante para a diversificação do trabalho da mulher, que anteriormente se restringia aos afazeres domésticos. Quanto à Revolução Francesa, deve-se levar em consideração seu legado no que diz respeito a liberdade de expressão e a igualdade de direitos, que deu ensejo a elaboração das Declarações de Direitos da Mulher e da Cidadã. Assim, é possível perceber que os movimentos históricos, surtiram um grande efeito no que diz respeito a uma maior visibilidade e inserção da mulher no mercado de trabalho, agora juridicamente respaldada pela Constituição Federal de 1988 e pela Consolidação das Leis Trabalhistas, que trata do assunto em capítulo específico sobre o tema.