Introdução: Ao longo dos anos, as mulheres foram discriminadas, simplesmente por serem mulheres, por serem tidas como “sexo frágil” ou “incapaz” de reger a vida política (vida pública), partindo da visão de uma cultura defasada, patriarca e machista, onde a mulher já nascia “predestinada” a uma vida doméstica e conformista. Entretanto, algumas medidas puderam ser observadas para evitar o atrofiamento feminino em meio à sociedade, como é o caso do movimento feminista e o sufrágio feminino. No caso do Brasil, um reflexo da luta pela participação na vida política foi o direito ao voto em 24 de fevereiro de 1932, através do decreto de lei 21076, sancionado pelo presidente Getúlio Vargas. Hoje, a população feminina brasileira é cerca de 51,7% do eleitorado, porém no quesito de estar por posse de cargos políticos ainda há pouca participação, na Câmara dos Deputados, por exemplo, a mulher ocupa apenas 9% do total e no Senado em torno dos 10%. Para tanto, foi criada a lei 9.504/97 (Lei Eleitoral), denominada de Cota de Gênero, que cria uma quantidade mínima para a participação feminina na política, entretanto essa cota não é preenchida por completo, havendo a necessidade de mostrar às mulher essa qualidade de cidadania e coloca-las por posse desta. Sabendo disso, Empoderamento feminino é o ato de conceder poder e participação político-social às mulheres garantindo que possam estar cientes pela luta de seus direitos. A escolha do tema decorre da necessidade de contribuir para que se promova a igualdade de gênero, a divulgação do tema Empoderamento, além de conscientizar mulheres acerca de seus direitos. Objetivo: Promover debates acerca do empoderamento feminino no âmbito social e instigar que seja feito mudanças na cultura machista vigente para incluir a mulher sensibilizando a sociedade para a causa feminina. Além de disponibilizar informações a respeito do tema e de evidenciar a importância da mulher no meio político-social que promove um melhor desenvolvimento nacional, como apontam estudos. Metodologia: O método utilizado foi a pesquisa descritiva através das observações, registros e análises na busca de expor o tema acerca do Empoderamento Feminino. O procedimento adotado foi o bibliográfico, tendo por suporte livros, imagens, a lei e materiais da internet. Quanto a natureza da pesquisa, foi utilizado o método qualitativo com fins exploratórios, buscando a interpretação do que é e como está se dando o referido tema. Conclusão: Um país que se diz democrático tem por obrigação tratar da igualdade e do bem-estar de todos, se apropriando inclusive de dispositivos legais. Não se pode deixar de ressalvar que, a simples criação de uma lei, a Cota de Gênero, por exemplo, não cessará a estigmatização da mulher no meio politico, porém evidencia o inicio da “quebra” da supremacia do homem. O que poderá mudar os padrões socioculturais vigentes será a educação e a partir desta, será possível também, “embutir” na mente das mulheres que podem e devem estar ativas na vida pública, inclusive modifica-la. Um bom exemplo dessa participação, entretanto no passado, foi no período de formação da Constituição brasileira, que logo em sua constituinte, apresentou uma mudança significativa, principalmente no que diz respeito aos direitos sociais e individuais das mulheres, pois estes foram atendidos mediante a participação feminina do grupo feminista Lobby do Batom que reivindicavam a participação na construção constitucional garantindo empoderamento, direitos, às mulheres com propostas mais igualitárias. Então, a crescente participação democrática da mulher é perceptível em diversos setores da sociedade, mas ainda há muito o que se regular, inclusive desconstruir o preconceito e reconstruir a igualdade de gênero.