IX Encontro de Iniciação Científica & VIII Encontro de Extensão

Eleições Para Além do Voto: As Ciências a Serviço da Cidadania

Juazeiro do Norte - CE


ISSN 1984-1876Setembro/2016

Mulheres em instituições policiais

Tereza Davila Oliveira Pereira1

cicera andreza barbosa lins2

Rayane Nasioseno do Nascimento3

Priscila Ribeiro Jeronimo Diniz4

Introdução: O ingresso das mulheres em carreiras policiais está inserido em um contexto marcado profundamente por discursos machistas. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2015), dentre 13.055 respondentes 80,83% são homens enquanto as mulheres correspondem a somente 18,87%. Essa desvalorização persiste porque existe um consenso irrefletido de que a melhore característica que define um bom policial consiste na adoção de um posicionamento muitas vezes violento, afastando e até limitando os comportamentos ou atitudes femininas. Segundo Beauvoir (1980), a mulher desempenhar uma profissão é algo modificador, afinal difere do papel simplesmente reprodutor do qual lhe é imposto, evidenciando que não é uma indefesa e frágil criatura e que se dispõe a evoluir e mostrar seu potencial rompendo assim com o “Eterno Feminino”. As análises antropológicas permitem compreender que não existe uma função natural da mulher e do homem, mas que tudo é revestido de uma questão cultural que engessa e disciplina a visão de mundo predominantemente machista. Dessa perspectiva, consideramos de fundamental importância à presença do feminino na área policial, apesar de todas as dificuldades, na busca da igualdade de gênero. Pretendemos problematizar se existe realmente uma limitação justificada para o ingresso do gênero feminino nas instituições policiais. Objetivo: Analisar os motivos que dificultam o ingresso das mulheres em carreiras policiais. Identificar a existência de estereótipos que determinam a posição da mulher na sociedade e o impacto dessa construção na valorização da profissional feminina. Pretende-se utilizar a teoria de gênero e estudos antropológicos para compreender a necessidade da refutabilidade dos papéis sociais. Metodologia: A partir de um estudo bibliográfico, procuramos discorrer sobre a discriminação existente com as mulheres policiais por meio de uma abordagem qualitativa que tem como intuito a compreensão social de caráter teórico e a quantitativa que, através de dados estatísticos, tenta dar veracidade as afirmações feitas. Os materiais utilizados foram livros, artigos e conteúdos disponíveis na internet. Conclusão: Levando-se em conta o que foi mencionado, sobre as mulheres em instituições policias, é evidente a dificuldade na aceitação da atuação feminina em um campo masculinizado. Além disso, o número reduzido de trabalhos acadêmicos voltados para esta temática e a falta do incentivo a estas pesquisas nas Universidades são fatores que dificultam a construção de uma nova visão social; verifica-se que essa mudança somente se tornaria possível através de discursões em instituições educacionais com a implementação do Currículo Nacional de Educação Sexual para crianças e adolescentes, a retirada das propagandas midiáticas que tragam a mulher como objeto-sexual, criação de leis contra a discriminação de gênero e principalmente o incentivo na atuação das mulheres em diferentes carreiras profissionais. Tudo isso seria um grande avanço na busca da igualdade de gênero.

Palavras-Chave: Mulheres no policiamento, Teoria de gênero, Discriminação

  1. Autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  2. Co-autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  3. Co-autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  4. Orientador, Graduação (Concluído), UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB