IX Encontro de Iniciação Científica & VIII Encontro de Extensão

Eleições Para Além do Voto: As Ciências a Serviço da Cidadania

Juazeiro do Norte - CE


ISSN 1984-1876Setembro/2016

A escolaridade como fator determinante da consciência no exercício pleno dos direitos políticos para escolha de nossos representantes.

Moíses Souza Domingos1

Carlos Henrique Freire Rocha2

Cristiane Dantas Andrade3

Lyvio Moizés Vasconcelos Vieira4

Introdução: O poder do voto é desconhecido por muitas pessoas, além de alegarem que todos os políticos são iguais, corruptos, os cidadãos normalmente não acompanham os trabalhos realizados por seus representantes, que fazem e executam as leis interferindo diretamente em nossas vidas. A Constituição Federal nos mostra a importância do direito ao voto quando eleva os direitos políticos a qualidade de direitos fundamentais. Em um Estado Democrático de Direito, como ocorre em nosso país, todo poder emana do povo, conforme prevê a Constituição da República Federativa do Brasil em seu artigo primeiro “Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. Diante disso, evidencia-se a importância de avaliar o nível educacional político daqueles que exercem a capacidade eleitoral ativa. Objetivo: O presente trabalho teve como intuito levantar dados a respeito do envolvimento e da preocupação da população cidadã com a vida política do estado, analisando se a escolaridade dos eleitores interfere diretamente na sua qualidade de cidadão consciente, quanto ao exercício de seu direito de votar. Metodologia: A pesquisa foi realizada em diversas ruas da cidade de Barbalha através de questionários, os quais foram aplicados a cem pessoas onde foram abordados de forma quantitativa aspectos sobre o nível de escolaridade das pessoas que participaram, bem como seu comportamento quanto ao exercício consciente de seus direitos políticos positivos, capacidade eleitoral ativa exercida pelo voto, mais precisamente se pelo menos lembravam em quem votaram nas últimas eleições, e se lembravam, se estavam acompanhando os trabalhos realizados pelos seus representantes. Conclusão: Com base nos dados levantados pode-se verificar que o grau de instrução dos eleitores interfere diretamente na vida política do Estado, uma vez que 72% (setenta e dois por cento) das pessoas com escolaridade acima do nível médio completo afirmaram lembrar-se em quem votaram e também fiscalizam o trabalho de seus representantes. Em contraponto, apenas 24% (vinte e quatro por cento) dos participantes com escolaridade abaixo do segundo grau responderam que acompanham o desenvolvimento das atividades dos políticos eleitos. Com isto, é notório que a educação aplicada com um olhar crítico, seria capaz de transformar a sociedade como um todo, pois, quando se tem uma população educada, com capacidade para tomar decisões estratégicas, refletirá consequentemente no rumo que o Estado seguirá, uma vez que os representantes que serão eleitos para pôr em prática o exercício do poder de forma indireta, serão no mínimo capacitados o suficiente para conduzir a máquina pública e se assim não for, a sociedade como resposta, não mais o elegerá.

Palavras-Chave: Escolaridade, Direitos, Representantes

  1. Autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  2. Co-autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  3. Co-autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  4. Orientador, Especialização (Concluído), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP