IX Encontro de Iniciação Científica & VIII Encontro de Extensão

Eleições Para Além do Voto: As Ciências a Serviço da Cidadania

Juazeiro do Norte - CE


ISSN 1984-1876Setembro/2016

A carne mais barata do mercado: o genocídio da juventude negra

Bruno Viana de Oliveira1

Maria Eduarda Henrique Mascarenhas2

Maria Gabriela Oliveira Santos3

Priscila Ribeiro Jeronimo Diniz4

Introdução: A etimologia da palavra genocídio advém da junção da palavra grega "génos" que significa raça, povo, nação, com a palavra "caedere", de origem latina, que significa aniquilação, extinção, matança (QUEIROZ, 2015). Dessa forma, a palavra genocídio quer significar a destruição de uma raça. O racismo camuflado na falsa docilidade do convívio das raças; a perda do direito ao espaço; a objetificação e vulgarização do corpo negro; a perda de identidade causada pela tentativa de embranquecimento de sua cultura e a fragilidade social na vivência brasileira, são, sorrateiramente, alguns dos instrumentos que a sociedade contemporânea herdou da época escravocrata, e que os usa como ferramentas de extermínio da juventude negra e pobre, como também, da cultura marginal no Brasil desde então. De acordo com o Mapa da Violência: Mortes Matadas por Armas de Fogo (WAISELFISZ, J. Julio, 2015), o número de jovens negros mortos por meio de homicídio no país resulta-se em 27.683 casos, enquanto o número de jovens brancos na mesma categoria é 9.667 casos. Tais pontos, ao serem analisados de maneira crítica, se tornam fundamentais para se perceber que o povo negro brasileiro, especificamente os jovens, está em uma constante guerra pelo direito à vida. Guerra essa, que é travada contra o genocídio dos seus. Levando-se em consideração os vários aspectos citados anteriormente, é notória a subsunção do fato com a Lei n° 2.889/56 (BRASIL, 1956), que define as práticas criminosas e que aplica suas respectivas penas para um crime denominado de genocídio. Objetivo: Expor, de maneira preliminar, argumentos que podem ser usados como elementos para considerar tal quadro de fatos como crime de genocídio. Especificamente, promover a construção de uma visão mais crítica sobre a cultura separatista e racista que permeia no Brasil desde sua colonização, pois tendo em base uma série de estudos sobre a formação histórica e cultural do Brasil, observa-se consequências ligadas à questão racial contra o povo negro, que perdura-se desde a sua formação inicial como colonização. Sob a lente da antropologia, capta-se uma espécie de "racismo velado" dentro da sociedade brasileira. Racismo este que exclui, separa e mata jovens todos os dias. A partir de tal estudo, é visível um combate de vertentes entre o movimento negro no país e uma cultura que segrega e criminaliza a juventude negra. Metodologia: Realizou-se pesquisa teórica, que em termos gerais, procura-se entender e aprofundar conhecimentos sobre o tema em questão, abordagem de caráter qualitativo, com a utilização do método exploratório. Por outrora, foi realizado pesquisa bibliográfica feita através de artigos, livros e lei específica sobre esta temática. Foi imprescindível, a seleção de materiais e uma leitura interpretativa dos mesmos. Além de pesquisa documental, a fim de compreender a cultura brasileira, encontrando-se resultados concisos para uma explicação sobre os números de homicídios de jovens negros no Brasil. Conclusão: Pesquisa em andamento.

Palavras-Chave: Negro, Juventude, Genocídio

  1. Autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  2. Co-autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  3. Co-autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  4. Orientador, Mestrado (Concluído), UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB