X Encontro de Iniciação Científica & IX Encontro de Extensão

Território e Desenvolvimento: criando cidades inteligentes

Juazeiro do Norte - CE


ISSN 1984-1876Setembro/2017

Como a psicologia pode auxiliar no desenvolvimento de softwares com mais qualidade?

Isaac Teixeira de Souza1

Fabrício Carneiro Costa2

Introdução: A implementação do software que atenda cem por cento a necessidade do cliente ainda é um sonho para desenvolvedores, gerentes de projeto, e os demais stakeholders, há várias questões que impossibilitam a realização de tal desejo uma delas é que o cliente não sabe o que quer, ou o que é realmente sua necessidade, outro grande fator que dificulta muito a elaboração de um software que possua uma qualidade além do esperado é que alguns profissionais da área de engenharia de requisitos não conseguirem extrair do cliente as informações de grande valia para a implementação do produto. Este segundo questionamento é solucionado com experiência, ou seja, quanto mais empenho do profissional maior será a facilidade de extrair as informações necessárias, já para o primeiro fator citado experiência não resolve muito, o qual será dado ênfase nessa pesquisa. Objetivo: Identificar técnicas no campo da psicologia que auxiliem na extração de ideias e problemáticas do cliente na etapa de levantamento de requisitos do processo de desenvolvimento de software. Metodologia: O presente trabalho caracteriza-se como uma pesquisa de estudo bibliográfico com abordagem qualitativa, onde foi realizado uma busca no banco de dados da SciELO com os descritores psicologia e abstração onde foi possível chegar na técnica de aconselhamento que segundo Patterson e Eisenberg (1998, p. 20) é uma técnica interativa com a característica de relacionar o conselheiro e seu cliente que pode levar ao mesmo mudanças sejam elas de comportamento, construtos pessoais, na capacidade de ser bem sucedido, no conhecimento e habilidade para as tomadas de decisões. Pensemos então no aconselhamento como uma forma de favorecer o levantamento de requisitos uma vez que a mesma pode acarretar em mudanças nas áreas que influenciam diretamente na forma em que o indivíduo se expressa. O aconselhamento é dividido em três partes, na descoberta inicial, onde o cliente e o conselheiro não se conhecem bem e então o mesmo precisa estar atento aos comportamentos verbais e não verbais do cliente para se obter as informações mais precisas, nesta etapa o conselheiro deve promover a confiança do cliente e além disso adicionar a técnica de concreção que visa eliminar as palavras ambíguas para que se tenha uma comunicação clara e objetiva entre ambas as partes, a segunda etapa é chamada de exploração em profundidade, onde o conselheiro começará a realizar confrontos construtivos acerca do comportamento e falas do cliente, para que o mesmo possa começar a formular novos caminhos e discussões, esta etapa deve ser feita com cuidado para não causar atritos pessoas entre o cliente e o conselheiro, na terceira e última etapa, que é chamada de preparação para a ação, que trata do direcionamento das possibilidades a serem feitas e o cliente julgará a mais pertinente ou deixar o mesmo ciente de que não há nada mais a ser feito. Trazendo tal técnica para a área de engenharia de requisitos pode ser feito o mesmo processo encaixando o engenheiro no papel do conselheiro e buscando não somente um aconselhamento mais sim a extração das informações necessárias, onde na primeira etapa seria o conhecimento o cliente, observar o seu comportamento, sua fala, detectar dificuldades em expressar o que pensa entre outras ações que influenciam no levantamento de requisitos, na segunda etapa o profissional tem que estar imerso na realidade do cliente com a finalidade de confrontar suas ideias e na terceira apresentar uma solução para o problema detectado pelo mesmo. Conclusão: Com a utilização dessa técnica espera-se que seja possível criar softwares com mais qualidades e mais orientado a real necessidade do cliente, diminuindo assim a percentagem de desuso dos softwares.

Palavras-Chave: Engenharia de requisitos, Psicologia, Qualidade de software

  1. Autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  2. Orientador, Graduação (Concluído), UNIVERSIDADE DAS AMÉRICAS