Introdução: Novas tecnologias e ferramentas estão reduzindo o tempo de desenvolvimento e lançamento de novos produtos. Os consumidores têm atualmente maiores opções de escolha, e a cada dia surgem novos nichos de mercado dando mais condições de customização aos produtos. Um fabricante, que não seja capaz de se mover com rapidez suficiente nesse novo mundo de negócios, pode ficar seriamente comprometido. As estatísticas sobre sucesso dos negócios mostram uma clara participação crescente dos novos produtos. (BAXTER, 2011, p.17). Uma dessas ferramentas é a digitalização tridimensional, que é utilizada na obtenção de dados computacionais de objetos físicos. Este processo é auxiliado por ferramentas computacionais que permitem grande precisão na captura dos dados e detalhes do objeto, como a textura, vincos, curvaturas. Entretanto, o processo de digitalização não é trivial. Devida a enorme quantidade de dados coletados de textura, profundidade e coloração, o uso desse equipamento requer condições extremamente favoráveis e controladas. De posse de um equipamento de digitalização, há também a necessidade de uma estação de trabalho para seu uso. Esse trabalho propõe a criação de uma plataforma mecânica para digitalização de pequenos objetos e sua transformação em objeto digital. Qualquer objeto com dimensões de alguns centímetros poderá ter sua versão digitalizada com uma extrema riqueza de detalhes e pronta para ser enviada para plataformas CAD/CAE/CAM. Objetivo: A aquisição de dados tridimensionais de maneira automatizada tem sido utilizada principalmente pela indústria mecânica para o desenvolvimento de projetos por meio de engenharia reversa e para a verificação da precisão de peças fabricadas a partir de modelos digitais. Na arquitetura e na construção civil, embora ainda pouco utilizada, a digitalização também possui diversas aplicações, em diferentes escalas e com diferentes objetivos. O presente trabalho tem por objetivo desenvolver um recurso mecânico que dará início a digitalização tridimensional na Faculdade Paraíso do Ceará. Trata-se de uma mesa de digitalização que contará com suporte rotatório para o scanner 3D com 03 (três) graus de liberdade. O sistema deve possibilitar o movimento em 360o no plano XY (no plano paralelo a plataforma), a elevação em 45o com inclinação frontal de 15o na direção oposta, como também a liberdade de se mover radialmente ao objeto. Em resumo, o scanner 3D deve ser capaz de mover-se em qualquer circunferência ao redor do objeto com movimento nas três coordenadas polares. Metodologia: Será confeccionada uma base circular fixa, de 40 cm de diâmetro, que se conectará pela face inferior à um braço mecânico articulado, o qual estará ligado a um suporte com rolamentos, permitindo o movimento circular. Além disso, em sua outra extremidade, uma estrutura de sustentação para scanner 3D será acoplada às suas faces laterais que, de forma semicircular, permitirá o movimento de elevação e rotação do equipamento sobre o seu eixo transversal. A base e as partes do braço articulado serão fabricadas de madeira, satisfazendo condições de usabilidade e articulação necessários. Inicialmente uma mesa de plástico será utilizada como suporte, o que possibilita a mobilidade. Caso note-se a instabilidade da montagem, uma estrutura em aço com metalon será utilizada. Conclusão: Espera-se que após o desenvolvimento da plataforma, o processo de digitalização de pequenos objetos seja realizado com sucesso e em tempo hábil para tornar o processo industrialmente escalável. Inúmeras são as aplicações desse trabalho. Cita-se a análise de peças na indústria Metalmecânica, a capacidade de eternizar objetos pessoais através da digitalização e posterior impressão em 3D, a capacidade de adequar objetos, roupas e acessórios com a necessidade de cada consumidor como também a criação de produtos personalizados para portadores de deficiência.