Introdução: A Teoria do Aprisionamento foi um estudo realizado por um cientista social e antropólogo chamado Goffman. Nessa pesquisa ele se incumbiu de produzir uma análise em um Hospital Psiquiátrico de Washington, com o intuito de observar o comportamento e perspectiva dos internos no tempo que passam em custódia, bem como a interação desse grupo (subordinado) com o grupo dirigente (subordinador). Segundo os estudos de Goffman, “a instituição total ou aprisionamento concentra todos os diferentes aspectos da vida de uma pessoa (trabalho, lazer e descanso) no mesmo local e sobre a autoridade de uma equipe dirigente”. Desta forma, é o local onde vários indivíduos trabalham e residem (em situações semelhantes) separados da sociedade mais ampla, ficando restritos ao convívio social por um determinado período de tempo, onde levam uma vida fechada e formalmente administrada. Vale ressaltar que Goffman dividiu essas instituições totais em 05 (cinco) grupos, são eles: o grupo originado para cuidado de pessoas consideradas incapazes e inofensivas, tais como cegos, órfãos entre outros; a segunda divisão trata do grupo responsabilizado de tratar de pessoas consideradas incapazes de cuidar de si mesmas e que são vistos como uma ameaça a sociedade, mesmo que de forma não acintosa, como por exemplo sanatórios para tuberculosos, hospitais para doentes mentais etc; a terceira espécie seria elaborada visando a proteção da comunidade contra perigos intencionais de mentes criminosas, onde o bem estar das pessoas assim isoladas não constitui problema imediato, tais como cadeias e penitenciárias; já o quarto grupo seria criado com a intenção de realizar de modo mais justo e efetivo alguma tarefa de trabalho e que se justificam somente por meio de tais critérios instrumentais, mais precisamente se referindo a quartéis e colégios internos; finalmente, o quinto grupo seria a criação de estabelecimentos designados a servir de refúgio do mundo, embora muitas vezes sirvam também como locais de instrução para religiosos, tais como mosteiros e conventos. Ele dividiu o estudo em quatro teorias: sociológica, psicológica, antropológica e jurídica positivada. Objetivo: Objetivo Geral: Analisar e compreender os aspectos principais da Teoria da Instituição Total e do aprisionamento. Objetivos Específicos: Observar as mudanças da personalidade subjetiva dos internos; Diferenciar as espécies comportamentais do indivíduo que se encontra em custódia. Metodologia: Pretende-se desenvolver essa pesquisa através do método de abordagem dedutivo, onde será utilizado o método de procedimento explicativo e tendo como base a pesquisa bibliográfica, pelo fato de serem utilizados artigos científicos, livros e acervo virtual. Conclusão: Conclui-se, com isso, que, a estrutura da instituição total vai influenciar no comportamento do indivíduo, provavelmente refletindo na sua personalidade de maneira mais negativa que positiva, provocando um distanciamento entre ele e o seu verdadeiro “eu”, devido a sua separação do mundo externo, a perda da sua identidade, a obrigação de realizar atividades estranhas impostas a ele, perdendo assim, sua privacidade. Sendo assim, fica comprovado que o meio social influencia no seu comportamento, desta forma, esse pressuposto interfere no aspecto sociológico. Já as mudanças de mentalidade se referem ao aspecto psicológico, visto que quanto mais rigoroso for a instituição, mais o internado vai sofrer danos emocionais. No aspecto antropológico é o que está ligado ao comportamento humano, sendo este analisado dentro das instituições totais, conectando-se com o sociológico e o psicológico. Por fim, todavia não menos importante, encontra-se o aspecto jurídico positivado, que se trata de uma crítica ao regime jurídico adota nessas instituições, pois um regime exemplar a ser seguido não seria um mais rígido, mais um moderado, no qual o internado se recolheria mas não seria totalmente privado do convívio social, podendo assim, não se distanciar do seu verdadeiro eu.