Introdução: Com a situação atual do Nordeste, em seu grande período de seca, pode-se perceber a escassez de água e a dificuldade tanto para utilização pessoal quanto para atividades urbanas e rurais. Através de análises realizadas, o IBGE 2002, estabelece um consumo per capto de 170 L/hab/dia; sendo que Azevedo Netto (2015), referencia em dimensionamento hidráulico no Brasil afirma um consumo de 200 L/hab/dia. Dessa maneira, pode se perceber que houve um aumento no consumo de água, sendo que este dado reflete diretamente em um maior desperdício e maior geração de esgoto, já que 80% da água consumida torna-se esgoto. Entretanto, apenas 32,11% dos efluentes gerados no Nordeste é tratado, segundo a Trata Brasil. Sendo assim, averiguando o cenário atual na região e identificando que em um conjunto habitacional Minha Casa Minha Vida, localizado na cidade de Crato-CE, existe uma estação de tratamento de esgoto, no qual é utilizado a tecnologia dos reatores UASB, um sistema que proporciona um resultado deveras eficiente, tentou-se estipular a quantidade de água a ser tratada e caracterizar o quantitativo de efluente gerado. Este será determinado pelo cálculo de consumo de água no residencial, que é obtido quando multiplica-se a quantidade de pessoas por residência, pelo consumo médio per capto d’agua e pelo o número de casas. Posto isso, o conjunto habitacional foi contemplado com 982 residências, estipulando uma média de 5 pessoas por residência e de acordo com o IBGE, o Ceara possui uma média de consumo de 200 litros de água por pessoa, obtêm-se a quantidade de 982.000 litros consumidos no conjunto, sendo que, apenas 80% deste vira esgoto, ou seja, 785.600 litros de esgoto por dia Objetivo: O intuito do artigo é apresentar uma proposta de reutilização dessa água, sabendo que, está quando tratada seria retornada ao meio ambiente, como descriminado pelo engenheiro Edmar, durante uma visita técnica. Metodologia: Adotou-se a metodologia de pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, mais especificamente o Estudo de Caso. O estudo iniciará com material bibliográfico e documental, sobre o meio ambiente, análise da eficiência e funcionamento do reator UASB. Conclusão: O reuso desta água será direcionada para fins de irrigação dos jardins das praças públicas do Crato, estritamente 4, devido que, apenas houve disponibilização das plantas baixas das praças Alexandre Arraes, Francisco de Sá, Siqueira Campos e Praça da Sé, que possuem respectivamente as seguintes áreas segundo os projetos de 3052,75 m²; 2030,68 m²; 212,88 m² e 1361,05 m², sendo uma área total acumulada de 6657,36 m². Considerando somente as áreas de jardim e que o solo tinha grama, onde a mesma irá consumir cerca de 45 litros de água para cada metro quadrado de grama. Para direcionar este reuso calculou-se o consumo de cada jardim, este é determinado pela multiplicação da área do jardim pelos 45 litros, desta forma, obteve-se os seguintes resultados respectivamente 137.373,75 L; 91.380,6 L; 9.579,6 L; 61.247,25 L e um volume total acumulado de 299.581,2 L. Podemos afirmar que a quantidade de esgoto tratado seria de 785.600 litros, essa quantidade atenderia por duas vezes as 4 praças destacadas acima, ainda restando 162.207,45 litros de água, que poderia ser utilizado para regar mais três praças semelhantes à da Francisco de Sá, Siqueira Campos e Praça da Sé, ou apenas praça Alexandre Arraes e Siqueira Campos. Outra alternativa seria a reversão para armazenagem visando uma escassez ou podendo ajudar locais que já se encontram em estado de emergência.