Introdução: Patologia pode ser definida segundo Helene(1992) como a parte da engenharia que estuda os sintomas, as causas e as origens dos defeitos da construção civil, dessa forma, nesse presente estudo, foi evidenciado os tipos mais comuns de patologias em alvenarias e as medidas para solucionar o problema. A função da alvenaria é proporcionar um conforto térmico, acústico e estético para os usuários. Sendo assim, quando há algum tipo de patologia é importante precaver-se, pois, pode ser uma falha na execução da estrutura, no projeto e/ou nos materiais utilizados. Objetivo: Apontar tanto os principais tipos de patologias em paredes de alvenaria, como as prevenções para o mesmo. Metodologia: Pesquisa bibliográfica sobre diversos tipos de patologias em paredes de alvenaria, suas soluções/prevenções, causas, e análise dos casos mais comuns em residências. Conclusão: As patologias mais comuns em residências são: Juntas de dilatação inadequadas: As juntas de dilatação são dispositivos que absorvem a variação volumétrica dos materiais, causado pela variação da temperatura ambiente. O problema acontece principalmente em paredes de extensão considerável. A não ou má execução de uma junta de dilatação resulta em uma situação onde o aumento da temperatura faz com que a parede expanda, e como não há espaço para essa expansão, a energia que seria convertida em expansão volumétrica é convertida em esforço interno de tração, que, em encontro com outra superfície resulta em compressão, danificando essa região de encontro, com surgimento de fissuras ou destruição das cerâmicas naquele local (se existir). A prevenção desse fenômeno é o dimensionamento adequado do deslocamento que a parede pode sofrer, considerando as máximas temperaturas ambientes da região. Proteção inadequada contra umidade em ascensão: Em uma residência, existem áreas molhadas, que são regiões onde a incidência de água é constante, como banheiros, lavatórios e outros, e nessas regiões normalmente são aplicados blocos cerâmicos para melhor impermeabilização. Há a possibilidade de ascensão da água através do solo, pelo efeito de capilaridade (capacidade de um fluido ascender em tubos finos), atingindo a região interna da parede, e refletindo em problemas externos, como: acumulo de sais na parede; degradação da tinta e revestimentos; manchas nos revestimentos e descolamento de revestimentos cerâmicos. A prevenção do problema é executar o sistema de impermeabilização da fundação do local no início da construção. Para construções já finalizadas, as soluções não são definitivas, pois a água sempre irá ascender quando o solo estiver úmido, sobretudo, é possível aplicar argamassas macro porosas para maior retenção dos sais no interior da parede, porém, deve-se realizar uma nova aplicação periodicamente. Aplicação inadequada de revestimentos cerâmicos: Esse tipo de patologia está ligado aos dois fatores já citados, que é a expansão da parede pela variação de temperatura e ascensão da água por capilaridade. Esses dois fatores resultam no desgaste argamassa colante, que une a cerâmica a alvenaria, pois o movimento de expansão ocorre no aumento de temperatura, e antagonicamente, a contração com a diminuição de temperatura, e esse movimento repetitivo de contração e expansão cisalha com a argamassa, prejudicando a adesão criada pela mesma. A água em ascensão tanto aumenta o peso que a cola deveria suportar, quanto prejudica a adesão desse colante. A prevenção desse fenômeno são os devidos cuidados que devem ser tomados para a preparação do suporte que receberá o cimento-cola e planejamento adequado das juntas de assentamento. Levando em consideração esses aspectos, nota-se que na maioria dos casos as patologias devem ser previstas e deve-se tomar as devidas precauções na execução da obra.