XI Encontro de Iniciação Científica & X Encontro de Extensão

A Invenção do Contemporâneo: Ciência, Poder e Cultura na formação do mundo atual

Juazeiro do Norte - CE


ISSN 1984-1876Agosto/2018

APROVEITAMENTO DE ÁGUA DA CHUVA NAS EDIFICAÇÕES DO CARIRI

Beatriz Lacerda Menezes da Silva1

Gustavo Gomes de Alencar Cruz2

Fernanda de Morais Silva3

Germanno Ellery Aquino de Sousa4

Introdução: Um dos recursos mais valiosos do planeta e elemento indispensável para vida é a água. Devido a sua escassez, algumas alternativas vêm surgindo no mundo para economizar e aumentar a quantidade de água útil para fins de uso humano, por isso alguns países oferecem incentivos para instalações de sistemas de economia. Visando a preocupação resultante do descarte indevido de resíduos sólidos nas reservas naturais de água e poluentes no geral, este artigo sugere como alternativa o aproveitamento da água da chuva. A técnica de aproveitamento da água da chuva, é simples (pois não envolve tecnologia), requer baixo investimento e apresentam tempo de retorno relativamente curto. Tendo o telhado como a superfície usada para captação combinado com calhas, canos e um reservatório esta água pode ser utilizada para desígnios que não requerem total potabilidade (como descarga de vaso sanitário, irrigação de jardim, lavagem de piso, etc.). Alguns artifícios podem ser utilizados para melhorar a qualidade da água não potável, como um dispositivo denominado “DesviUFPE” (desvio para captar os primeiros litros de água da chuva que não devem chegar ao reservatório), telas para barramento de resíduos maiores (pedras e folhas), filtros para retenção de pequenas partículas (areia e poeira) e uso do cloro (para matar bactérias). A variabilidade espacial e temporal da precipitação pluvial no Brasil ainda é pouco estudada apesar de sua importância para o propósito de formulação de estratégias de combate aos efeitos das crises hídricas. Devido ao aumento da densidade populacional, e apesar de um índice pluviométrico abundante em algumas regiões do Brasil as crises hídricas se tornaram cada vez mais recorrentes em vários estados brasileiros, como em São Paulo que teve em 2015, níveis dos reservatórios atingindo, em alguns casos, apenas 5� sua capacidade. Objetivo: Demonstrar que existem alternativas simples para captação de água contribuindo para a sustentabilidade a fim de sanar problemas que acarretam a escassez de água em regiões do Brasil, de maneira economicamente viável. Metodologia: Através de dados evidenciamos através de cálculos baseados nos índices pluviométricos do Cariri dos últimos 20 anos, a economia anual, por residência na cidade de Juazeiro do Norte, em um período de 1 ano. Adquirindo assim um índice pluviométrico médio de 1015,5 mm/ano. Considerando, 3,34 a quantidade média de pessoas por domicílio, 3 o número de descargas por pessoa e uma área mínima de 40 m2, o volume bruto de água captada será de aproximadamente 40.619,8 litros, após as etapas que visam garantir maior potabilidade da água esse volume será reduzido levemente. Adotando um consumo de 61 litros para descarga sanitária em cada residência por dia, em 1 ano o gasto será teoricamente de 21943,8 litros de água para descarga. Conclusão: Visto que, o volume captado é 1,85 vezes maior do que o volume gasto para descarga anualmente, o reúso da água da chuva garante economia de 8,71% por mês no consumo total de água da cidade de Juazeiro do Norte, de acordo com os dados da CAGECE (Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará). Demonstrou-se que o volume de água coletada da chuva, em uma residência de apenas 40 m2, supriria de maneira eficiente o volume de água mensal para descarga gasta em uma residência padrão. Reafirmando a tese de que a água da chuva é a solução para o problema da crise hídrica que afeta o Brasil, mesmo em regiões mais secas.

Palavras-Chave: Pluviométrico, Potabilidade, Escassez

  1. Autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  2. Co-autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  3. Co-autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  4. Orientador, Especialização (Concluído), UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP