XI Encontro de Iniciação Científica & X Encontro de Extensão

A Invenção do Contemporâneo: Ciência, Poder e Cultura na formação do mundo atual

Juazeiro do Norte - CE


ISSN 1984-1876Agosto/2018

Sistema de Informação Geográfica como ferramenta da gestão pública

Madjany Modesto Pereira1

Ana Luiza Souza Maciel2

Sávio de Brito Fontenele3

Introdução: Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, as prefeituras municipais têm enfrentado restrições orçamentárias, que demandam a tomada de decisão de investimentos de forma consciente, priorizando áreas essenciais à população. Para agir conforme esse preceito, os profissionais da gestão pública necessitam de conhecimento multidisciplinar sobre o território. Dessa forma, é fundamental que o serviço público atualize seu modo de trabalho com investimentos em geotecnologias e pessoal capacitado. Dentre as geotecnologias introduzidas na esfera pública, destaca-se o sistema de informações geográficas – SIG, que possibilita integrar em uma única base de dados informações representando vários aspectos do estudo de uma região, permite a entrada de dados de diversas formas; combina dados de diferentes fontes, gerando novos tipos de informações; gera relatórios e documentos, gráficos de diversos tipos, além de permitir análises complexas sobre as realidades existentes no espaço geográfico. A fixação desse recurso geotecnológico como ferramenta de gestão tende a colaborar com o aumento da produtividade e da capacidade pública de atender a um índice, cada vez maior, das necessidades de um determinado município ou território, além de possibilitar o cumprimento efetivo da legislação vigente. Objetivo: Realizar uma análise das aplicações do SIG na gestão pública e apresentar as vantagens e desvantagens da utilização dessa geotecnologia no auxílio à tomada de decisão no âmbito da gestão municipal, com foco nas principais áreas da administração pública, tais como: planejamento urbano, infraestrutura, tributação, segurança pública, saúde, agricultura e meio ambiente. Metodologia: A pesquisa realizou-se de forma teórica, com uma abordagem qualitativa que almejou, através de uma revisão bibliográfica de casos, verificar vantagens e desvantagens para a implantação do SIG na gestão pública. Conclusão: Diante das inúmeras possibilidades de aplicação de um SIG, pode-se classificar as vantagens por elas trazidas através das áreas da administração pública. Pode-se citar, em termos de planejamento urbano, a possibilidade de realizar o monitoramento das transformações físicas e sociais do território, acompanhando com mais eficiência o crescimento urbano e redefinindo o uso do solo no município; na infraestrutura, observa-se a desburocratização do acesso da população à Prefeitura e o estímulo da comunicação entre ambos e, até mesmo entre os órgãos do poder público; no sistema tributário pode-se identificar novas construções no município, além de reformas e aumento de áreas já construídas; faz-se possível a quantificação e análise de dados da violência quanto trata-se de segurança pública; já na saúde é possível identificar as áreas com maior incidência de doenças; na agricultura pode ser feito o ajuste da relação fertilidade e produtividade dos terrenos e no meio ambiente tem-se a possibilidade de detectar as deficiências, riscos e processos de degradação ambiental. Inicialmente, a implantação de um SIG requer uma base de dados confiável, com atualização e manutenção permanente, buscando a interação da prestação de serviços concomitantemente às necessidades prioritárias da população. Tal fato, exige da gestão pública um investimento em levantamentos topográficos e/ou aerofotogramétricos para auxiliar na definição das políticas públicas adequadas aos setores citados. Um outro fato que pode ser atribuído como desvantagem é a limitação de dados, o que estabelece determinados obstáculos para a análise espaciais. É perceptível, portanto, que o uso do geoprocessamento constitui uma ferramenta importante para o acompanhamento das evoluções e transformações que passam os territórios e populações, e que busca a interação da prestação de serviços concomitantemente às necessidades da população, fazendo-se, assim, cada vez mais necessária à administração pública.

Palavras-Chave: Sistema de Informação Geográfica, Gestão Pública, Geoprocessamento

  1. Autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  2. Co-autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  3. Orientador, Doutorado (Concluído), UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC