XI Encontro de Iniciação Científica & X Encontro de Extensão

A Invenção do Contemporâneo: Ciência, Poder e Cultura na formação do mundo atual

Juazeiro do Norte - CE


ISSN 1984-1876Agosto/2018

Análise e Aplicações do Bioconcreto

Milenna Parente de Sena1

Nelson Bezerra de Albuquerque Filho2

Candida Eluiza Ferreira Alves3

Dirceu Tavares4

Introdução: A engenharia pode ser definida como criação, aperfeiçoamento e inovação, é a proposta de resolver problemas existentes ao meio. O concreto convencional apresenta diversos desses problemas, no quais podem ser citados: Custos na manutenção, problemas ambientais, lixiviação, fissuras, trincas e ondulações. Sabendo disso, recentemente foi desenvolvido um novo tipo de concreto que se propõe a acabar com a maioria desses problemas. Um material que se auto regenera e mantem o formato sem comprometer a obra, este material é chamado de bioconcreto. Segundo Henk Jonkers, um dos autores da pesquisa realizada na universidade técnica de Delft na Holanda, o bioconcreto possui esse nome por possuir organismos vivos na sua composição e que ajudam na sua funcionalidade. O bioconcreto é uma tecnologia que vem sendo muito estudada por ser um concreto auto regenerativo evitando fissuras decorrentes das intempéries e pelas ações mecânicas, realizado por encapsulamento bacteriano. Esse método funciona integrando cápsulas bacterianas que produzem calcário, o material responsável pela restauração do concreto, são usadas bactérias do tipo Bacillus pseudofirmus ou Sporosarcina pasteurii que possuem característica de precipitação de carbonato de cálcio e tem como alimento lactato de cálcio. Objetivo: Esse artigo tem por finalidade mostrar como o bioconcreto pode ser muito eficaz na construção civil, e o uso desse tipo de concreto apresenta muitas vantagens em suas propriedades. Diante disso foi elaborado uma pequena síntese comparando o custo do concreto convencional e o do concreto bacteriano, Ainda em processo de aceitação no mercado, o bioconcreto possui um valor bruto superior ao valor tradicional, segundo o portal The Guardian, 2016, o valor do concreto convencional é de R$ 260,00 por m³, enquanto o bioconcreto é de no mínimo R$ 360,00 por m³, uma diferença de aproximadamente 35% maior. Para o engenheiro responsável pelo orçamento da obra, é visto como um absurdo tal valor, sendo que é passível de otimização com o leque de opções existentes no mercado. Contudo, o responsável tem que observar e analisar os benefícios a longo prazo da utilização do bioconcreto, tendo em vista o teor auto regenerativo do bioconcreto e seu potencial de durabilidade. Segundo o site (Civil Engg Seminar, 2016) O bioconcreto seria viável para certas estruturas de engenharia civil onde o custo do concreto é muito mais elevado. Citando como exemplo os revestimentos de túneis e estruturas marítimas onde a segurança é um grande fator ou então em estruturas onde há acesso limitado disponível para reparo e manutenção. Posto em balança, o Bioconcreto será a melhor forma de economizar obras delicadas e de difícil manutenção, pois segundo a HealCon, 2016, somente na Europa são gastos mais de 22 bilhões em reparação de edifícios, visto também que o concreto tem aplicações diretamente nas rachaduras utilizando técnicas a base de um spray. Tais processos otimizam tempo e reduziram o valor anteriormente citado. Metodologia: Foi utilizado a pesquisa descritiva para o desenvolver do artigo, buscando informações em sites internacionais e citações do próprio Henk Jonkes. Conclusão: De acordo com o que já foi visto, é notório que o uso do bioconcreto é uma inovação fantástica, porém ainda encontra-se em fases de testes, testes os quais obtiveram resultados positivos, mas ainda deve ser estudado para seu melhor aperfeiçoamento, podendo ser no futuro uma ferramenta muito útil para edifícios de grande porte e para a manutenção das estruturas de concreto. Embora o custo benefício seja elevado os resultados obtidos trarão um retorno a longo prazo satisfatório, gerando bastante expectativa nos engenheiros para que no futuro seja a melhor escolha de utilização de concreto.

Palavras-Chave: Concreto, Bactéria, Fissuras

  1. Autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  2. Co-autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  3. Co-autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  4. Orientador, Especialização (Concluído), UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA