Introdução: O concreto é uma mistura formada por água, cimento, agregado graúdo (brita) e agregado miúdo (areia) cujo estado fresco possui consistência plástica e o estado endurecido é caracterizado por uma resistência à compressão elevada, porém, baixa resistência à tração. Possui alta durabilidade devido sua resistência mecânica elevar-se com o passar do tempo quando exposto a intempéries (HELENE. 2009). Um dos problemas mais críticos presentes em todas as estruturas de concreto armado são os ataques químicos que resultam na corrosão da armadura, estes ataques se devem, sobretudo, as características físicas do cobrimento do concreto, tais como: permeabilidade, absorção e alta porosidade. Através do controle tecnológico do concreto é possível fazer as verificações necessárias quanto a sua durabilidade, resistência e qualidade, para isto, são moldados corpos de prova que, recebem uma carga de compressão para avaliar sua resistência estrutural e outros ensaios para determinar o abatimento, massa especifica. Os resultados são analisados de acordo com a idade dos corpos de provas. O principal elemento constituinte dos concretos de um modo geral, o cimento é responsável por 7,9 por cento da emissão de CO2 em todo o mundo, contribuindo de forma significativa para o problema do aquecimento global. Por esta razão é tão importante desenvolver métodos de racionalizar o uso das matérias primas empregadas para sua produção, e a adoção do RCG, como resíduo reciclável, mostrou-se viável, contribuindo para a redução dos passivos gerados na construção civil. Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo apresentar através de resultados experimentais, a técnica de utilização do resíduo de corte de granito (RCG) na adição do preparo do concreto. Metodologia: O trabalho foi elaborado através de ensaios experimentais do concreto com a utilização de RCG, seguindo os parâmetros estabelecidos pelas normas da ABNT. Para tanto, foi preciso escolher os materiais adequados bem como considerar os principais fatores que influenciam na qualidade e resistência do concreto. *ESCOLHA DOS MATERIAIS O cimento utilizado para a realização do ensaio foi o CP III – RS – 40, por ser mais durável contra ataques químicos, superando os valores mínimos de resistência estabelecidos pela norma ABNT NBR 5735 (1991). A areia empregada foi proveniente de empresa fornecedora e submetida a ensaios de caracterização para conhecimento das suas propriedades. A água usada na mistura do concreto foi proveniente do laboratório de TECON da UNESA campus Macaé, fornecida pela companhia de abastecimento da cidade – CEDAE. A brita foi proveniente de empresa fornecedora e submetida a ensaios de caracterização para conhecimento das suas propriedades. O resíduo de corte de granito foi coletado na cidade de Quissamã- RJ, na marmoraria Rei do Mármore. As pedras utilizadas pela marmoraria são provenientes da rota do granito, no estado do Espírito Santo – ES, de onde foram extraídas, processadas e beneficiadas. Os ensaios para a pesquisa com a adição de RCG na mistura do concreto foram realizados no laboratório de tecnologia dos materiais de construção, da UNESA – Macaé – RJ. *ENSAIOS REALIZADOS Para obtenção de resultados realizou-se ensaios, em relação à composição granulométrica dos agregados (miúdo e graúdo), determinação no fator água/cimento, da resistência do concreto, composição do traço, dentre outros. Conclusão: O RCG se mostrou um excelente material, capaz de melhorar as propriedades mecânicas do concreto, quanto à resistência à compressão axial, por apresentar maior coesão e consistência. Não é um material tóxico, proporcionando inúmeras vantagens, como por exemplo, a sua reciclagem. O seu uso no concreto, contribuí para a redução dos impactos ambientais, causados pelos passivos da produção das pedras ornamentais e a diminuição no uso do cimento, contribuindo para menores taxas de emissão de dióxido de carbono na atmosfera.