Introdução: Construções, de modo geral, devem ser protegidas do contato direto com a água, e uma técnica para possibilitar o mesmo é a impermeabilização. O homem procura proteger suas construções da ação da água desde 3.500 anos a.C., utilizando produtos asfálticos, material já conhecido na época pelos povos que se fixaram na região entre os rios Nilo e Indo. Impermeabilização consiste de forma simples, a uma técnica de aplicação com produtos específicos com o intuito de proteger determinadas áreas contra ação de águas precipitadas, de lavagem, umidade do solo ou de outras origens. Essas águas quando infiltradas nas superfícies e/ou estruturas afetam o concreto, armadura, alvenarias e revestimentos. Tornando o ambiente insalubre, ou seja, hostil à saúde. Esta insalubridade é decorrente do aparecimento de umidade, fungos e mofo, diminuindo a vida útil da edificação e trazendo desconforto aos usuários que virão a utilizar. Dessa forma, torna-se importante assegurar a salubridade e a durabilidade das estruturas. O elemento de fundação, na construção civil, é o alicerce da estrutura, servindo como transmissor de carga da construção para o solo ficando em contato permanente com a umidade do mesmo e, quando não tratados, conduzem essa umidade por capilaridade para alvenarias e elementos estruturais. Objetivo: Apontar a importância do sistema de impermeabilização em residências, apontando as patologias mais comuns causadas pelo mesmo, propondo soluções. Metodologia: Levantamento bibliográfico das principais patologias causadas pela ausência ou má execução do sistema de impermeabilização e soluções para o mesmo. Conclusão: A capilaridade, que é uma propriedade dos fluidos de subir ou descer em tubos extremamente finos, auxilia ainda mais a presença de água em locais indesejados, pois é um fenômeno pouco considerado nas construções civis por ser lento e em pequenas quantidades. Entretanto, o acumulo de águas capilares podem gerar uma série de problemas. As consequências advindas da transmissibilidade por capilaridade são variadas e podem ir de destacamentos de revestimentos internos a danos estruturais mais severos. À exemplo, uma patologia comum se manifesta em paredes internas pintadas, principalmente nos andares inferiores. Nesse caso, a tinta não suporta a pressão e a alcalinidade do substrato, isso ocorre devido a ascensão da água que estava no solo logo abaixo da casa (provavelmente após uma precipitação) pela fundação, consequentemente ascendendo para os tijolos, e por fim, ao acumular-se uma quantidade significativa de água nos tijolos, a mesma começa a atravessar o chapisco e argamassa, gerando o inchamento e deterioração dessa região, além do desenvolvimento de fungos e microrganismos prejudiciais à saúde. Outro problema que pode ocorrer é o acumulo de água na fundação, gerando sua deterioração e redução da resistência da mesma. Isso pode levar à inclinação ou até desmoronamento da construção. Uma vez diagnosticado, a solução é complexa e necessita de um investimento elevado, pois como existe toda a carga da construção pressionando a fundação contra o solo, torna-se difícil realizar uma impermeabilização na mesma, por isso a necessidade da execução da impermeabilização na própria execução da fundação. Para evitar os problemas causados pela umidade, é importante a utilização de um sistema de impermeabilização compatível com a geometria das peças e com as características de cada obra, como condições de acesso e nível do lençol freático. Tais observações devem ser feitas em um pré-projeto e seguindo as normas; NBR 9574:2008 - Execução de impermeabilização – Procedimento e com a ABNT NBR 9575:2010 – Impermeabilização. Dessa forma, nota-se que é importante conhecer um pouco mais sobre as propriedades físicas da água e ter uma visão mais ampla de possíveis pontos de presença de água indesejada nas construções, para assegurar mais segurança, conforto e economia.