A Invenção do Contemporâneo: Ciência, Poder e Cultura na formação do mundo atual
Juazeiro do Norte - CE
Eranilton de Jesus Sinezio1
José Valdo Borges Filho2
Luana Monteiro Rodrigues3
mayco velasco de sousa4
Introdução: As estruturas de uma forma geral são construídas para suportar cargas verticais, contudo, a depender do número de pavimentos, deve-se considerar a influência do vento nas edificações e os novos esforços devidos à sua presença. A medida em que os prédios atingem elevadas altitudes, maiores pressões oriundas do vento atuam sobre a estrutura, sendo elas diretamente proporcionais à área de contato (fachadas dos prédios). Uma das consequências que tal tipo de carga pode gerar é o deslocamento horizontal excessivo, podendo causar desconfortos aos usuários, principalmente nos pavimentos mais elevados. Objetivo: Analisar computacionalmente uma estrutura, levando em consideração a atuação das cargas permanentes, de utilização e de vento, de acordo com as normas vigentes. Metodologia: O presente estudo teve como base uma estrutura de um prédio com 15 pavimentos: térreo mais 14, cuja planta baixa apresenta 475,81 m² e o concreto armado como sistema construtivo, cujo fck é de 50 MPa. Promoveu-se seu pré-dimensionamento por meio de fórmulas empíricas e, posteriormente, realizou-se uma modelagem em elementos finitos, por meio do software SAP2000. As vigas e os pilares foram discretizados em elementos de barra; e as lajes e escadas em elementos superficiais, sendo que as malhas foram geradas automaticamente pelo programa. Definiu-se as cargas atuantes verticais: permanente devida ao peso próprio dos elementos estruturais e materiais incorporados a eles, as acidentais de acordo com a utilização a que cada pavimento foi destinado, conforme valores contidos na NBR 6120, em que se encontram as cargas para o cálculo estrutural, sendo os sete primeiros a escritórios e os demais residenciais e, por fim, a horizontal, que corresponde a carga de vento distribuída em toda estrutura, segundo NBR 6123. Conclusão: Os dados e informações citadas anteriormente foram processadas no software gerando como resultados deslocamentos, esforços nos elementos estruturais, entre outros. A partir dos deslocamentos horizontais de cada pavimento, foi possível calcular um dos parâmetros de estabilidade apresentados pela NBR 6118, o gama z. Com base no valor encontrado, pôde classificar o edifício como sendo uma estrutura de nós fixos, já que o gama z (parâmetro de instabilidade) foi menor que 1,10 nas duas direções (x e y), ou seja, os efeitos de segunda ordem gerados devido o deslocamento horizontal da estrutura foram pequenos, não superando 10% dos esforços locais, permitindo desprezá-los, conforme NBR 6118, e considerar a estrutura estável. Ao ser desenvolvido o presente trabalho, pode-se observar que a estabilidade da estrutura está diretamente ligada à resistência característica do concreto à compressão, bem como o posicionamento dos elementos estruturais, já que os deslocamentos são inversamente proporcionais à rigidez dos elementos, permitindo sua disposição de maneira que suportem e diminuam o efeito da incidência das forças horizontais nos edifícios. Como essa estabilidade está ligada à resistência do concreto à compressão, ao longo dos anos houve diversos estudos a fim de se alcançar maiores resistências, podendo ser reduzidas as seções dos elementos estruturais, obtendo os mesmos resultados e até melhores.
Palavras-Chave: análise de estruturas, concreto armado, estabilidade global