Introdução: A inclusão escolar surge a partir das diversas discussões e reflexões pautadas na garantia dos direitos humanos. Nesse sentido, importantes regulamentações e políticas de reparação foram criadas e implementadas. Atualmente a regulamentação específica da educação de pessoas com deficiência vem através da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008). Este documento garante a inclusão das pessoas com deficiência no ensino regular, em sala de aulas normais junto com os demais alunos e direciona todo o processo através de suas diretrizes. Nessa direção, diversos profissionais são chamados para colaborar com o processo de inclusão, dentre eles, o psicólogo escolar, que surge nesta realidade como um especialista que conhece a natureza das deficiências e que deverá constar dentro dos “serviços de apoio pedagógico especializado” (BRASIL, 2001). Objetivo: Identificar as contribuições da psicologia bem como os desafios e possibilidades da atuação do psicólogo no processo de inclusão escolar de pessoas com deficiência. Metodologia: O estudo se deu através de pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa e da análise de documentos que regulamentam e direcionam a política de educação inclusiva no Brasil, tais como: a Constituição Federal de 1988, Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB/96), Diretrizes Nacionais Para a Educação Especial na Educação Básica, Adaptações Curriculares, Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Foram utilizados autores como Lunardi, Magalhães, Figueiredo, Meyrelles, Cassins, além de artigos acadêmicos que tratam das contribuições da psicologia na inclusão escolar e da atuação do psicólogo neste processo. Os documentos nacionais foram selecionados mediante a sua ordem de importância para a evolução da educação especial até a atual política de educação inclusiva. A análise dos dados foi obtida através da técnica do fichamento e da leitura interpretativa buscando encontrar as respostas para o problema em questão. Conclusão: Na conclusão deste estudo constatamos que a escola enfrenta inúmeras dificuldades para implementar a inclusão escolar, necessitando para tanto da colaboração de outras ciências, e em especial da psicologia. O profissional da área em questão possui um papel de grande relevância na construção da escola inclusiva, sendo essa uma possibilidade de atuação. Entretanto, o desafio se encontra na descrença da própria categoria na atuação nesta área de trabalho, nas políticas públicas que não favorecem a inserção do psicólogo no processo de inclusão e no espaço que é dado a estes profissionais. Nesse sentido, quando da convocação de profissionais da psicologia pela escola, é comum que o façam sempre numa perspectiva que busca um especialista em deficiência, tendo, portanto, a função de diagnosticar e tratar, em detrimento de toda a complexidade inerente à função do psicólogo escolar.