XI Encontro de Iniciação Científica & X Encontro de Extensão

A Invenção do Contemporâneo: Ciência, Poder e Cultura na formação do mundo atual

Juazeiro do Norte - CE


ISSN 1984-1876Agosto/2018

A INFLAÇÃO COMO DETERMINANTE NO PODER DE COMPRA DO SALÁRIO MÍNIMO : ANALISE 2013 ATE 2018

Brenda Faustino Pinto1

Anderson Ramom do Amaral Leite2

Introdução: Muitos fatores estão relacionados ao aumento ou diminuição do poder de compra sendo que, em geral, o mais relevante é o fator econômico. Compõem esse fator: a desvalorização cambial, crise interna ou externa, enfraquecimento da indústria, aumento dos custos de produção, aumento exagerado da demanda. Os estudos econômicos apontam que todos eles afetam a inflação produzindo efeitos danosos ao poder aquisitivo, pois de acordo com o período a moeda pode desvalorizar ou valorizar. Objetivo: Nesse contexto, o presente artigo tem como principal objetivo apresentar os impactos da inflação sobre o poder de compra limitado ao salário mínimo da sociedade brasileira no período entre 2013 e 2018. Metodologia: Para atingir este fim, este trabalho é caracterizado como uma pesquisa explicativa, onde abordou-se conceitos e definições deste tema a partir da revisão bibliográfica e documental, dentre eles observa-se a contextualização da inflação, poder de compra de bens e serviços e salário mínimo. As pesquisas foram realizadas em fontes como o DIEESE, Banco Central do Brasil, livros e artigos cinetíficos relacionados ao tema que compõem a análise dos dados para a obtenção dos resultados. Quanto à abordagem foram feita de forma mista, inicialmente qualitativa, mas com ramificações quantitativas. Conclusão: O estudo teórico mostra que o salário mínimo deve ser capaz de atender às necessidades vitais básicas de um indivíduo como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social. Com a implantação, em 2012, da campanha de valorização do trabalho mínimo, o reajuste vinha representando um aumento maior que a variação anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este reajuste continuo tem como objetivo manter o poder de compra em níveis elevados ou contornáveis dentro do cenário inflacionário de uma economia. O valor da moeda depende de seu poder aquisitivo, a quantidade que ela pode comprar de bens e serviços. Atualmente a inflação tem sido uma das principais preocupações dos países que precisam sobreviver no cenário econômico no qual se encontram, pois, esse fator possui efeitos diretos não só em economias em expansão, mas no dia a dia de todos em um contexto geral. A análise de dados mostra que, no intervalo de 2013 a 2016, houve os reajustes anuais acima da taxa do INPC calculado pelo IBGE, aumentando o valor real da renda mínima e mantendo o poder de compra. Nos anos de 2017 e 2018 o reajuste salarial foi menor do que a inflação dos respectivos anos, ou seja, o salário mínimo não obteve ganho real, pois não houve crescimento econômico, diminuindo o poder aquisitivo dos indivíduos. Os dados mostram que, com a redução do salário mínimo nos últimos dois anos, não obtivemos crescimento econômico desde janeiro de 2015, assim em nenhum desses anos o reajuste conseguiu atingir o salário mínimo elevando seu poder de compra para suprir as necessidades vitais dos beneficiados. Constatou-se que a inflação é o fator responsável pelo valor real do poder de compra do salário mínimo, tem grandes impactos direto sobre a economia e na aquisição de bens e serviços dos agentes econômicos e essa perda do poder aquisitivo tem maior visibilidade de consequência na classe assalariada como um todo. Nota-se a existência de uma grande discrepância em relação a ideia ilusória que o estado possui sobre a renda mínima e do real salário mínimo necessário para atender as necessidades básicas do trabalhador e de sua família.

Palavras-Chave: SALARIO MINIMO, PODER DE COMPRA, INFLAÇÃO

  1. Autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  2. Orientador, Mestrado (Concluído), UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB