Introdução: Durante todo o período gestacional é importante manter a mãe em boas condições nutricionais, garantindo o aporte necessário de nutriente ao bebê para que o mesmo tenha um bom desenvolvimento dentro e fora do útero. Além disso, um estado nutricional adequado nesse período evita possíveis complicações, visto que a saúde do feto até seus primeiros anos de vida está diretamente relacionada ao estado nutricional materno. É necessário que o nutricionista responsável tente adequar as necessidades energéticas, inclusive a contagem de carboidratos, afim de evitar futuros problemas na gestação, e também atender a demanda de vitaminas e minerais que são indispensáveis para um bom desenvolvimento embrionário. A identificação precoce quanto a este estado nutricional da gestante tem impacto positivo na redução da mortalidade perinatal e neonatal, aumentando a estimativa de vida da criança significativamente. O SISVAN (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional) é um sistema de informação de saúde cujo seu principal objetivo é levar a população informações contínuas a respeito das condições nutricionais e os fatores que a influenciam em todo o país. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de gestantes adultas do estado do Ceará no ano de 2017 com base em dados do SISVAN. Metodologia: Este estudo caracteriza-se por ser documental, realizado através da consulta a relatórios públicos disponibilizados pelo Departamento de Atenção Básica (DAB – SUS). Os relatórios foram gerados através da combinação das variáveis: Estado Nutricional, Ano de Referência (2017), Região (Nordeste), Estado (Ceará), Município (Todos), Meses (Todos), Fase da Vida (Gestantes), Idade (Adulta), Raça (todas), Acompanhamentos Registrados (todos). Conclusão: O estado nutricional deu-se a partir da avaliação do IMC (Índice de Massa Corporal) utilizando os parâmetros de classificação para gestantes: Baixo peso, eutrofia, sobrepeso e obesidade. No estado do Ceará a maioria das gestantes adultas avaliadas encontra-se em estado nutricional classificado como eutrofia (adequado): 15.363, seguido pelo número considerável de gestantes em sobrepeso: 13.820. A parte minoritária desse grupo corresponde as gestantes em estado de baixo peso: 4.906, fato que, comparado a outros estados brasileiros, o Ceará possui bons números. Entre esses resultados, a obesidade atinge 9.266 gestantes. Se comparado a outros estados brasileiros, o Ceará tem bons números a respeito do estado nutricional de gestantes. No entanto, se somados os resultados de baixo peso e obesidade (principais fatores de risco para o público gestante) é preocupante as consequências advindas de um não acompanhamento profissional durante todo o período perinatal e neonatal, podendo assim, trazer consequências futuras para a mãe e para o bebê.