Introdução: Com o advento da internet, na década de 1990, percebem-se profundas mudanças nas relações sociais, principalmente no que diz respeito às formas de comunicação, bem como na maximização do acesso as informações. Além disso, produzir conteúdo, no âmbito digital, tem alcances bem maiores e pode envolver um número incalculável de pessoas, em tempo real, que comungam ou não de um mesmo pensamento. Diante disso, busca-se analisar como os usuários organizados em prol de um objetivo em comum, podem fazer mudanças no ambiente virtual com impactos na realidade, tendo como objeto de estudo dois casos, considerados de racismo: papel higiênico Personal Black Vip, e a polêmica envolvendo o youtuber Júlio Cocielo. Para tanto, é necessário entender o poder da internet na construção do saber e de uma sociedade mais justa, mediante o diálogo, e usá-la da melhor forma para expor e denunciar às diversas manifestações de racismo. Objetivo: A internet vem se consolidando como uma das mídias de maior acesso no território Brasileiro e mundial, desta forma é possível estreitar diálogos, fazer negócios, romper fronteiras, além de informar, em um contexto direto e ágil. O objetivo da pesquisa é mostrar que se posicionar diante de quaisquer conteúdos na internet pode gerar um impacto a nível nacional e/ou mundial, causando inclusive grandes efeitos para os emissores dos mesmos. Além disso, é importante destacar que a internet é utilizada por uma parcela considerável da população mundial, e a todo momento está inserida em avanços sociais, tecnológicos, cultural, dentre outros. Várias revoluções estão sendo possíveis através da internet, e pelo fato de ser um tipo de mídia em que o emissor também é receptor, e as fronteiras se confundem, mesmo que o ativismo gerado não vá para além das telas dos gadgets, as reinvindicações podem ter um impacto notável e considerável. Metodologia: A pesquisa realizada é teórica, de abordagem quanti-qualitativa através de estudos bibliográficos e com captação de dados secundários, onde foram analisados periódicos, portais de noticia, blogs, e pesquisas quantitativas. Foram objetivados captar dados, informações e comentários sobre os dois casos, e relacionando com estudos sobre a publicidade, o consumo, e o comportamento da população negra. Conclusão: No combate das injustiças, utilizando estes dois casos como objeto de estudo, concluiu-se que a internet, com seus usuários mobilizados com objetivo de combater atos racistas, possibilitou um efeito na busca de respostas e posicionamentos que foi realizado em um período de até 24 horas. Fica explicito que uma das causas mais importantes para acontecer esse tipo de caso, é que as pessoas negras são minoria nas agências de publicidade, inexistindo em muitas delas, e que se presume que nos departamentos de marketing das empresas não seja diferente. Com o estudo também foi possível perceber, que a população negra brasileira levando em consideração a sua quantidade, teria um potencial de consumo muito maior do que vários países, considerando a população inteira destes, mas que ainda são invisibilizados na publicidade e nas demais mídias.