Introdução: É notório o aumento da preocupação com as habilidades e competências dos estudantes do século XXI. Várias Instituições de pesquisa e programas educacionais em todo o mundo já fazem levantamentos científicos em torno desse assunto, com o intuito de desenvolver critérios facilitadores da aprendizagem, a saber: aumento do pensamento criativo, originalidade, facilidade na resolução de problemas. Essas, sendo trabalhadas em conjunto, tornam mais fácil e eficaz o processo pedagógico individual e coletivo. Dessa forma, é preciso rever o desenvolvimento instrutivo em torno do setor educacional que ainda se baseia em uma educação mecanicista, na qual o docente é o protagonista da ação, visando desenvolver métodos de aprendizagem significativa que priorizam a interdisciplinaridade, a participação coletiva na construção do saber, o foco na resolução do problema e que propiciem uma inversão de papéis, onde o aluno passa ser o protagonista do processo ensino-aprendizagem. Isso posto, o presente trabalho fundamenta-se em uma ferramenta instrutiva já difundida e aplicada em diversas Universidades e que faz parte desse novo método de aprendizagem, o Summaê. O Summaê foi idealizado em 2011, pelo Professor Ricardo Fragelli, com o objetivo de transformar a sala de aula em um ambiente mais lúdico, menos burocrático e mais propício à aprendizagem colaborativa. O termo “Summaê” , significa “soma com chapeús”, e foi criado pela a junção da palavra “summae” (do latim, somas) com o acento circunflexo “^” e representa a reunião de um grupo de pessoas para o estudo de um determinado tema, mas todas vestindo chapéu. Objetivo: Analisar as percepções de estudantes dos cursos de Engenharia da Faculdade Paraíso do Ceará acerca do Summaê quanto atividade de aprendizagem ativa. Metodologia: O presente trabalho trata-se de um relato de experiência da realização do primeiro Summaê, nos cursos de Engenharia Civil e Engenharia de Produção, da Faculdade Paraíso do Ceará, no semestre de 2018.2, construído a partir de uma pesquisa com alguns participantes, de abordagem qualitativa, mediante a aplicação de questionário semiestruturado. Conclusão: O desenvolvimento do evento é caracterizado por uma metodologia estruturada, porém flexível à adaptações que se apoia em alguns elementos característicos, como: existência de uma mesa de professores convidados; alunos monitores; problemas propostos por meio de vídeos criativos feitos pelos estudantes participantes; uso de chapéus ou adereços de cabeça; escolha dos melhores chapéus e melhores vídeos. A proposta visa trabalhar, de maneira lúdica e educativa, o conteúdo visto em sala de aula visando atrair o interesse dos alunos e criar um envolvimento emocional com os conteúdos ministrados. O Summaê 2018.2, contou com a participação de 60 de um total de 72 alunos matriculados no componente curricular de Mecânica Geral dos cursos de Engenharia, representando uma adesão de 83% do público-alvo, refletindo o interesse e comprometimento dos estudantes com a atividade. Do total de estudantes participantes, 95,3% responderam que o Summaê foi um evento diferencial no que diz respeito aos conteúdos ministrados no componente curricular supracitado. Quando perguntados “O que você destacaria como uma qualidade do Summaê?”, os estudantes escreveram que “Ajuda no desenvolvimento protagonista e pessoal do aluno”, “Novidade, animação, metodologia, organização”, “O evento foi muito bom, esclareceu maneiras de resolução de questões como também envolveu os alunos dos dois cursos”. Levando em consideração o foco da atividade, de fazer com que os alunos possam vivenciar um método de ensino voltado para o seu aprendizado menos burocrático, fazendo com que todo o público-alvo possa interagir da melhor maneira possível, pode-se concluir que o Summaê foi uma experiência inovadora e que despertou o interesse e o engajamento dos estudantes.