XII Encontro de Iniciação Científica & XI Encontro de Extensão

Ceará: terra da Luz, da Ciência e da Tecnologia

Juazeiro do Norte - CE


ISSN 1984-1876Setembro/2019

O TRABALHO E A PRECARIZAÇÃO NA PÓS MODERNIDADE

Filipe Macêdo Cruz Tavares1

Marcus Emanuel Oliveira Lima2

Hommel Pinheiro Lima3

Yanna Paula luna Esmeraldo4

Introdução: A sociedade pós moderna ou líquida como pode ser definida tem como suas características a fluidez a efemeridade resultantes das mudanças estruturais. Como define Byung-Chul Han a liberdade passa a ser um ideal usado para a dominação, ironicamente buscando a liberdade o indivíduo pós moderno torna-se submisso, uma vez que a própria liberdade provoca coerções, consideravelmente maiores que as obrigações uma vez que o dever pode ser limitado o poder não, o agente que se julga livre passa a se pautar pelo próprio desempenho, vira servo de si mesmo, o controle agora é exercido sobre o próprio corpo com a alcunha de produtividade. Objetivo: Como objetivo o presente trabalho busca analisar a precarização como consequência da pós modernidade no âmbito trabalhista. Metodologia: Para realização da pesquisa foi utilizada abordagem qualitativa pela avaliação da relação entre a sociedade e um grupo de indivíduos que participam processo de pesquisa, com método dedutivo baseado em análise de referenciais bibliográficos encontrados em livros, dissertações e teses que abordam o referido tema. Conclusão: Como conclusão dessa pesquisa os resultados apontam para: a não dissociação do trabalho da figura do homem seja com as primeiras formações primitivas com sistemas de confecção de objetos e preparação de alimentos de forma cooperativa ou o próprio valor social e espiritual do trabalho como na máxima de São Bento "ora et labora " ou na ética protestante e no espírito capitalista de Marx Weber, gera uma ligação direta do indivíduo com a sociedade e do indivíduo com sua própria perspectiva de mundo. O sentimento de não ser útil pode gerar traumas como os provenientes da não adequação ao mundo e ao entorno, e é justamente em uma sociedade mais industrializada em que hipoteticamente o nível de trabalho estresse deveriam diminuir em que se populariza a síndrome de burnout, as doenças resultantes dos excessos e até as mortes como as karosh. Como o Manifesto Krisis indica é como se ocorresse um ditadura do trabalho, em um mundo competitivo e mutável explorar ao máximo a força individual é a forma de negar a natureza humana afinal o homo sapiens, é em essência uma animal pré-histórico adaptado a caça, pesca e coleta vivendo em um emaranhado tecnológico com mudanças mais aceleradas que a natureza, um animal deslocado . As reestruturações advindas das desconstruções são apenas uma fase transitória, o trabalho passa a ser mais um objeto de consumo, que se não for dosado ou remodelado passa a ser um instrumento de adoecimento.

Palavras-Chave: Trabalho, Pós-Modernidade, Precarização

  1. Autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  2. Co-autor, Especialização (Cursando), UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA
  3. Co-autor, Mestrado (Concluído), UNIVERSIDADE DE FORTALEZA - UNIFOR
  4. Orientador, Mestrado (Concluído), PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS - PUC