XII Encontro de Iniciação Científica & XI Encontro de Extensão

Ceará: terra da Luz, da Ciência e da Tecnologia

Juazeiro do Norte - CE


ISSN 1984-1876Setembro/2019

A INFLUÊNCIA DA ARQUITETURA NO FENÔMENO DA EVASÃO ESCOLAR

Geovan Alves Santana1

Jose Jackson de Souza Duarte2

Orlando Júnior Viana Macedo3

Introdução: O presente trabalho contempla o tema evasão escolar. Tal fenômeno tem sido identificado como um fato que ocorre com muita frequência em todos os níveis da educação brasileira, acentuando-se nas escolas de ensino público e com forte destaque para o nível médio de educação, que engloba principalmente pessoas jovens, com idades compreendidas entre 15 e 17 anos. Justifica-se o presente estudo pelo fato de a arquitetura, por se tratar de uma área que trabalha na transformação de ambientes, pode desempenhar um papel fundamental nas sensações humanas, percepções e avaliações ambientais, impactando diretamente nos comportamentos dos sujeitos, pois estes têm estreita relação com o contexto físico e social. Objetivo: Objetivou-se no presente estudo analisar possíveis impactos da concepção projetual de projetos arquitetônicos de escolas na evasão escolar. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo, de caráter exploratório, realizado por meio de pesquisa bibliográfica. Dessa forma buscou-se artigos científicos disponíveis on-line na base de dados Cientific Eletronic Library Online – SciELO, por meio dos descritores Arquitetura, Projetos Arquitetônicos, Ambiente Educacional e Evasão Escolar. Conclusão: Dados relativos ao censo escolar do ano de 2018, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira INEP, revelam uma redução no número de matriculas efetuadas em relação ao ano de 2017, os dados coletados apontam uma redução de 220 mil estudantes nas escolas de todo o Brasil, sendo, a sua grande maioria, jovens de escolas do setor público. As análises geralmente levam em consideração questões sociais, culturais, econômicas entre outras para esse fenômeno da evasão escolar. Entretanto, autores têm chamado atenção para o impacto das concepções arquitetônicas na decisão dos estudantes em permanecer ou não nas escolas. Há evidências que variáveis relacionadas aos ambientes e a infraestrutura escolar, têm influência direta na qualidade do serviço prestado e no bem-estar dos educandos. Estudos apontam que apenas 0,6 por cento das escolas brasileiras têm infraestrutura próxima da ideal para o ensino, isto é, com biblioteca, laboratório de informática, quadra esportiva, laboratório de ciências e dependências adequadas para atender a estudantes. Dessa forma, quando as escolas não oferecem laboratórios, quadras, bibliotecas, salas adequadas e até mesmo espaços de convivência em acordo com as expectativas dos educandos, gera um desinteresse, uma vez que o ambiente não é convidativo e não dá o suporte necessário para o processo de ensino-aprendizado. Percebe-se que uma má concepção projetual reverbera na evasão escolar. Faz-se necessário mais estudos voltados para essa temática, uma vez que trata diretamente de uma questão social, pois a educação é um motor propulsor para o desenvolvimento humano e promoção social. Destaca-se a importante contribuição que a arquitetura pode possibilitar para minimizar o fenômeno da evasão escolar, transformando as estruturas arquitetônicas das unidades escolares em ambientes mais atraentes para os educandos.

Palavras-Chave: arquitetura, ambiente educacional, evasão escolar

  1. Autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  2. Co-autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  3. Orientador, Doutorado (Concluído), UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB