Introdução: Nos últimos anos o processo de ensino-aprendizagem no Ensino Superior têm sido alvo de discussões e reestruturação no que diz respeito à questões curriculares e didático-pedagógicas a fim de potencializar o desenvolvimento de competências nos estudantes, como pensamento criativo, a capacidade de inovação, a inventividade no trabalho e a capacidade de trabalhar em colaboração na resolução de problemas, tudo isso tentando contornar. Entretanto, em muitos casos, ainda se observa um formato de sala de aula que não favorece o desenvolvimento dessas competências, por focarem excessivamente em habilidades técnicas específicas, que são sabidamente necessárias, mas por vezes não fomentam o trabalho em equipe, a pluralidade de pensamentos e a capacidade de pensar e agir criativamente. Assim, o uso de práticas voltadas à aprendizagem ativa se diferenciam, já que podem ser caracterizadas pela inter-relação da cultura, educação, instituição, sociedade e política, aplicando-se de forma criativa e ativa, onde o aluno se torna protagonista da construção do aprendizado, trazendo assim uma dinâmica mais construtiva, interativa e engajada. Assim, surge o Rei ou Rainha do Momento (RRM), atividade inspirada no “Rei da Derivada” do professor Ricardo Fragelli (UnB), que está sendo utilizado dentro da disciplina de mecânica geral, componente curricular dos cursos de engenharia da Faculdade Paraíso do Ceará – FAPCE. Objetivo: Relatar a experiência e importância do uso de metodologia ativa no ensino de Mecânica Geral, descrevendo a execução da atividade e analisando a opinião dos estudantes participantes. Metodologia: O presente trabalho trata-se de um relato de experiência da realização do RRM, nos cursos de Engenharia Civil e Engenharia de Produção, da FAPCE, no semestre de 2018.2, construído a partir de pesquisa participante de abordagem qualitativa mediante a aplicação de questionário semiestruturado. Conclusão: A realização do RRM é feita em três etapas. Na primeira etapa são feitas chaves com quatro participantes, são três rodadas em duplas, mudando a dupla a cada rodada. Assim, o indivíduo que somar mais pontos na chave passa para a próxima fase. Para a segunda etapa é feito um novo chaveamento, porém com questões de nível mais alto. Na terceira e última etapa, os participantes competem entre si de forma individual, onde o vencedor é aquele que primeiro acertar a questão proposta. O RRM aparece como um momento diferenciado de aprendizagem, onde os próprios estudantes, em duplas, estão no quadro resolvendo questões. Dessa forma, ele pode contar com o apoio de um colega para buscar a melhor estratégia de resolução, construindo o conhecimento de uma maneira colaborativa e respeitando os diferentes pontos de vista individuais. Ao fim da atividade foi feita uma pesquisa a fim de avaliar o evento e, consequentemente, melhorá-lo. A pesquisa foi realizada com 42 alunos que responderam um questionário online. Nessa análise, 100