Introdução: O câncer é uma patologia caracterizada pela multiplicação desordenada das células que invadem os tecidos e órgão. Em decorrência da rápida proliferação, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, viabilizando a formação de tumores e neoplasias malignas. Ademais, o câncer se destaca como a segunda causa de morte ao redor no mundo. Dentre os diversos tipos de neoplasia, o câncer de mama é a quinta causa de morte, acometendo tanto homens como mulheres, apresentando maior incidência no sexo feminino. Todavia estudos epidemiológicos alertam que a incidência de novos casos para o câncer de mama masculino (CMM) vem crescendo a cada ano, em especial em homens com mais de 60 anos. No Brasil, em 2017 foram registrados 203 óbitos em decorrências do CMM. Em virtude da predominância epidemiologia, para o câncer de mama, ser no sexo feminino, estudos acerca dos mecanismos etiopatológicos, terapêuticos e preventivos mostra-se escassos para o CMM. Tal ato resulta em importantes lacunas na compreensão das bases biomoleculares pela comunidade científica, bem como, na profunda falta de conhecimento pela população em geral da existência deste tipo de câncer que afeta intensamente a qualidade de vida dos acometidos e que desencadeia relevantes efeitos socioeconômicos. Objetivo: Analisar, por meio de revisão da literatura, o perfil etiológico e fisiopatológico do CMM, bem como averiguar fatores de risco, métodos de diagnóstico precoce e impacto social. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa sistemática, que utilizou como bases a Biblioteca virtual em saúde (BIREME) e a National Library of Medicine (PUBMED). Os descritores em Ciências da Saúde utilizados, isolados e em várias combinações, foram: “Câncer de Mama masculino’’, “Etiopatologia’’, “Incidência’’,” Prevenção’’ e “Diagnóstico’’. Empregou-se como critérios de inclusão: artigos originais ou de revisão, publicados no período 2013 a 2019, e disponíveis no idioma inglês ou português. Conclusão: Resultados: Foram encontrados 20 artigos. Após análise dos critérios de inclusão, fez-se o uso 10 no período de 2013 a 2019 dentre os quais 2 eram pesquisa experimental, 4 relatos de caso, 4 quantitativo. Diante das fontes utilizadas notou-se que o CMM de acordo com Ruddy; Winer (2013) é causado por fatores hormonais, como o uso de estrogênio, ambientais como exposição ocupacional e genéticos como alterações nos genes BRCA1 e BRCA2. Sendo mais prevalente em homens com idade acima de 60 anos. Dentre os fatores de risco, destaca-se: histórico familiar, envelhecimento, estilo de vida, exposição às radiações, e alcoolismo. O tratamento baseia-se no mesmo utilizado para o sexo feminino, sendo utilizada quimioterapia, radioterapia e ou cirurgia. O prognóstico é intimamente relacionado ao estadiamento clínico, sendo o acometimento linfonodal importante nos homens, visto que 50% dos pacientes que apresentam comprometimento evoluem a óbito. Dentre os mecanismos de prevenção do CMM destaca-se a realização de exames de rotinas e autoexame das mamas. Conclusão: Apesar dos avanços científicos ainda restam muitas interconexões a serem elucidadas entre o aspecto etiológico e os fatores de predisposição. Ademais, a escassez de conhecimento sobre o CMM pela sociedade inviabiliza o diagnóstico e tratamento precoce. Tal fato destaca a urgência de implementação de novas políticas públicas associadas à saúde do homem, em especial as que visem desenvolver atividades assistenciais, educacionais, de promoção e recuperação da saúde frente a temática, viabilizando assim ampla divulgação, à população, do CMM.