XII Encontro de Iniciação Científica & XI Encontro de Extensão

Ceará: terra da Luz, da Ciência e da Tecnologia

Juazeiro do Norte - CE


ISSN 1984-1876Setembro/2019

VÍTIMAS FATAIS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO NO CEARÁ: UMA ANÁLISE QUANTITATIVA

Wellington Ferreira Lopes1

Bruno Vinicius de Menezes Barros2

Introdução: O presente trabalho dedicou-se a investigar o perfil das vítimas fatais de acidentes de trânsito no Ceará. Destaca-se que, em média, 60 mil pessoas vão a óbito por ano no Brasil e em média 300 mil ficam com invalidez permanente por se envolverem em acidentes de trânsito. Isso torna os acidentes uma das principais causas de mortes no país, levando o Brasil ao primeiro lugar no planeta no ranking de mortes em acidentes de trânsito. Expõe-se, ainda, que o rápido crescimento das frotas de veículos automotores e as políticas de incentivos para a produção nesse setor, faz esse cenário se intensificar. Nesse contexto, quando comparado aos automóveis, as motocicletas são os transportes mais vendidos no país e tal situação favorece ainda mais as fatalidades no trânsito, já que as mesmas possuem menos proteção em casos de acidentes. Sabe-se, ainda, que os índices cearenses seguem proporções similares aos nacionais. Logo, diante da relevância do tema para o país, bem como para o estado do Ceará, torna-se relevante a análise aqui presente. Objetivo: Assim, teve-se como objetivo geral pesquisar sobre as vítimas de acidentes de trânsito no estado do Ceará. Como objetivos específicos, assinalaram-se: aplicar os fundamentos da estatística em estudos científicos; analisar descritivamente dados sobre acidentes de trânsito fatais, com foco nas vítimas, em um período de sete anos no Ceará; definir um perfil para as vítimas fatais; e utilizar um software com aplicação estatística para exibir e analisar os dados. Metodologia: A presente pesquisa é descritiva, com abordagem predominantemente quantitativa. Para tal, foram utilizados dados secundários sobre vítimas fatais de acidentes de trânsito, coletados dos Anuários Estatísticos do Ceará, dos anos de 2010 a 2016, produzidos pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE). Dados referentes ao ano de 2016 são os mais atuais fornecidos pelo instituto até a produção desta pesquisa. Analisou-se as vítimas através de três variáveis: Tipo de Vítima, Sexo e Faixa Etária. Após a coleta e a separação prévia dos dados, os mesmos foram tabulados conforme a necessidade da pesquisa. Procedeu-se, então, com o tratamento e com a análise estatística, buscando-se a formulação de um perfil para as vítimas fatais. Conclusão: De acordo com a análise dos dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE), conclui-se que dos tipos de vítima fatais (pedestre, passageiro, condutor, ciclista e motociclista) motociclista foi o tipo mais frequente. Apresentou uma média de 45,5 por cento ao ano. Já os ciclistas, apontaram o menor índice, tendo possuído uma média anual de 4,6 por cento do total de acidentes. Quanto ao sexo, o masculino foi o que mais se envolveu em acidentes de trânsito no período, atingindo anualmente mais que 84,0 por cento da quantidade total de vítimas fatais. Em valores absolutos, em média 2.026 indivíduos do sexo masculino se envolveram em acidentes, anualmente. Da análise da faixa etária, a média de idade das vítimas fatais foi de 37,8 anos. O coeficiente de variação foi de 40,2 por cento. Isto mostra que o desvio padrão equivale a 40,2 por cento da média, mostrando uma razoável variabilidade de idades para essas vítimas. Da análise dos quartis para a idade das vítimas fatais, observou-se que 25,0 por cento delas possuíram idades menores do que 24,0 anos, 50,0 por cento possuíram idades menores do que 36,4 anos e 75,0 por cento, menores do que 51,3 anos. Isso mostra que a grande maioria das vítimas foi de jovens. Pelo dito, pode-se concluir que o perfil médio das vítimas fatais é um indivíduo do sexo masculino, motociclista, com idade de 37,8 anos.

Palavras-Chave: Acidentes de trânsito, Vítima fatal, Ceará

  1. Autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  2. Orientador, Mestrado (Concluído), UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB