Introdução: As falhas devido a execução de obras têm se tornado cada vez mais constantes na construção civil nas últimas décadas. Para DOLABELA et al. (2014), a origem dessas falhas na maior da parte advém de incompatibilização de projetos. A alguns anos atrás devido à escassez de profissionais de engenharias, o mesmo profissional que elaborava o projeto também era encarregado da execução tanto na parte civil como em instalações. Dessa forma, havia-se um conhecimento maior do responsável técnico para elaboração de projetos complementares e execução de acordo com o planejado. Atualmente, com o avanço dos sistemas construtivos e a subdivisão de disciplinas em projetos de engenharia e arquitetura, a concepção de edificações é realizada por diversos escritórios especializados e de maneira individual. De acordo com Altair Santos (2013), compatibilizar projetos demanda investimentos de 1 Objetivo: O presente trabalho busca apresentar de forma objetiva as falhas de execução de obras geradas pela subdivisão e incompatibilidade de disciplinas dos projetos de engenharia e arquitetura. Metodologia: A pesquisa apresenta-se de forma teórica e sobre os problemas encontrados na construção civil devido a falhas de execução, ocasionadas pela interferência entre os projetos de demasiadas disciplinas. Segundo DOLABELA et al. (2014), 46% dos problemas em edificações tem origem da concepção de projetos e 22% são causados por falha de execução da obra. É bastante comum ver em construções, instalações fazendo curvas demasiadamente grandes para desviar de estruturas (vigas e pilares), como também abertura de passagens em vigas ou lajes. Esse tipo de solução nem sempre é o mais adequado pois podem ocasionar danos na estrutura da edificação a ponto de comprometer a solidez de seu funcionamento quando feito sem consulta prévia ao projetista. Outra solução encontrada é a redução da altura do pé direito para aumentar assim a altura útil entre vigas e forro para passagem de tubulações, sendo essa solução pouco recomendada por arquitetos pois causa sensação de enclausuramento e encurtamento do ambiente. Dessa forma afirma VANNI (1999) que a análise crítica de todos os projetistas participantes do processo de elaboração de projetos, tem fundamental importância para a melhoria da qualidade dos próprios projetos, como também para atender as expectativas do cliente. Com o surgimento de novos materiais e tecnologias, como o BIM, surgiu também o IPD (Integrated Project Delivery). De acordo com Succar (2009), a abordagem de desenvolvimento de projeto da entrega integrada (IPD) é um processo de projetos que integra pessoas, sistemas, estruturas e práticas de negócios em um processo colaborativo, explorando máximo aos talentos e ideias dos profissionais envolvidos para obtenção de um melhor resultado final e juntamente com a implementação do BIM, não tem como objetivo a exclusão de outras visões e sim, de incluir todos os fundamentos e conceitos do BIM em conjunto com os seus. (SUCCAR apub MARSICO et al, 2017,p.24). Conclusão: Durante o desenvolvimento da pesquisa foi observado que a maneira mais adequada de se evitar diversos erros em obras e diminuir a quantidade de problemas nas edificações, é realizar a compatibilização dos projetos ainda na fase de desenvolvimento. Dessa maneira o desperdício de materiais e tempo gasto em mão-de-obra para retrabalhos, poderiam ser alocados com a função de reduzir os custos e encurtar o prazo da obra. Atualmente existem diversos softwares que podem auxiliar nessa compatibilização, sendo os mais comuns o Autodesk Naviswork e o Solibri, dos quais identificam os problemas e geram relatórios, facilitando o entendimento das interferências.