XII Encontro de Iniciação Científica & XI Encontro de Extensão

Ceará: terra da Luz, da Ciência e da Tecnologia

Juazeiro do Norte - CE


ISSN 1984-1876Setembro/2019

Masculinidade tóxica: uma análise através do Behaviorismo radical.

Mailmy Kelvia de Morais Teixeira1

Barbara Vitoria da Silva Alcantara2

Izabela Alves de Oliveira Bezerra3

Introdução: Existe uma tipificação em torno de gênero que vai além da definição biológica, essa se manifesta muitas vezes através da influência da cultura familiar que alimenta uma segregação do feminino e do masculino. Um dos resultados dessa diferenciação é o que chamamos de masculinidade tóxica, este conceito representa um conjunto de concepções, crenças e ideais destrutivos que nascem da rejeição absoluta a tudo que é visto como feminino, incluindo principalmente a expressão de sentimentos e emoções. Objetivo: Analisar funcionalmente, através do Behaviorismo radical, o comportamento masculino tóxico, buscando responder quais são as principais contingências responsáveis por moldar a ideia atual de masculinidade através dos três níveis de seleção: filogênese (história da espécie), ontogênese (história do indivíduo) e cultura; bem como construir uma relação dessas influências com comportamentos manifestos e suas respectivas consequências. Metodologia: A presente pesquisa foi baseada na análise de depoimentos reais de homens em diferentes faixas etárias, presentes no documentário norte-americano “The mask live in” (A máscara em que você vive, 2015), possui um delineamento qualitativo e conta com uso do método de pesquisa bibliográfica através de fontes atuais (sites, livros e periódicos) de caráter descritivo e exploratório. Conclusão: Do ponto de vista filogenético, o sexo é determinado biologicamente, porém as diferenças de gênero se apresentam como construções sociais, muito mais definidas pela ontogênese e pela cultura. No que se refere a história do indivíduo (ontogênese) do sexo masculino, a literatura indica que os familiares são os principais responsáveis pelo arranjo de contingências reforçadoras à repressão de empatia, à manifestação de insegurança, ansiedade, e, sobretudo, sentimentos. É culturalmente aceito e reforçado que o feminino representa fraqueza e vulnerabilidade, e que o masculino representa força, virilidade e superioridade, essas concepções permeiam todas as relações sociais, o que nos leva à conclusão de que a masculinidade é um conceito reativo, trata-se da rejeição de tudo que remete à fraqueza ou seja, tudo que é feminino, esse conceito é a base das crenças da sociedade patriarcal e faz com que homens vivam sempre sob ameaça velada de desmoralização e estigmatização caso não apresentem uma conduta tida como “aceitável” ou próxima do padrão másculo construído. Essa hipermasculinização é imposta e ferrenhamente reforçada em todas as fases da vida masculina, o que está ligado à forma como esses homens se comportam frente a diversas situações. Impedidos de expressar emoções e sentimentos como seria natural, acabam expressando-se por meio de comportamentos destrutivos e violentos. Estudos indicam que homens tem maior dificuldade em lidar com frustrações, medo e sentimentos negativos, o que explica o fato de serem mais emocionalmente instáveis, tudo isso também está relacionado ao fato do sexo masculino acabar se tornando mais propenso a envolver-se com a criminalidade e predominante na população carcerária, no Brasil, esse índice é de 95

Palavras-Chave: Masculinidade tóxica, Behaviorismo radical, Gênero

  1. Autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  2. Co-autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  3. Orientador, Mestrado (Concluído), UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB