XII Encontro de Iniciação Científica & XI Encontro de Extensão

Ceará: terra da Luz, da Ciência e da Tecnologia

Juazeiro do Norte - CE


ISSN 1984-1876Setembro/2019

O NEGRO E A ESFERA DE TRABALHO: UMA PERSPECTIVA DO RACISMO INSTITUCIONAL NO MERCADO PRIVADO

José Armando Ferreira Oliveira1

Vítória Paiva Amorim2

Davi Alencar Cabral Ribeiro3

Hayane Mateus Silva Gomes4

Introdução: A proposta desse estudo é analisar o racismo institucional e os fundamentos jurídicos da igualdade de oportunidade nas relações trabalhistas em empresas privadas no Brasil. Nesse sentido, o racismo Institucional é reflexo da desigualdade socioeconômica que acomete parte dos afrodescendentes. No mercado de trabalho a discriminação institucional pode ser percebida, observando a diferença salarial entre negros e não-negros; ou a diferença de postos de trabalho entre negros e não negros com o mesmo nível educacional; ou um menor acesso a determinadas funções ou postos de trabalho que garantem melhor remuneração; a presença massiva em ocupações subalternas ou em postos de menor prestígio; e a pouca possibilidade de ascensão profissional. Assim sendo, racismo institucional segundo Michel Wieviorka(2007) define-se como o fracasso coletivo de uma organização para promover um serviço apropriado e profissional para as pessoas por causa da sua cor, cultura ou origem étnica. Ele pode ser visto ou detectado em processos, atitudes e comportamentos que totalizam em discriminação por preconceito involuntário, ignorância, negligência e estereotipação racista, que causa desvantagem à pessoa. Objetivo: Esse artigo tem como foco investigar o reflexo do racismo Institucional nas funções e situações de trabalho dos afrodescendentes em instituições privadas. Metodologia: Tem-se como método principal a pesquisa bibliográfica, documental e eletrônica para dar suporte às reflexões realizadas nessa pesquisa e responder à problemática apresentada. A abordagem utilizada é a qualitativa, baseada numa visão crítica-descritiva, pesquisa casos e situações em empresas privadas relacionados ao racismo institucional. As técnicas utilizadas foram àquelas cabíveis a uma pesquisa de cunho bibliográfico e documental como leitura e análise dos textos dos principais teóricos sobre a temática. Para tanto, foram realizados fichamentos, resenhas e resumos a fim de subsidiar os argumentos apresentados nesta pesquisa. Conclusão: Diante do exposto, chegou-se a alguns resultados iniciais. Viu-se que é nítido a existência do racismo institucional, expressão extremamente prejudicial para com os afrodescendentes no mercado de trabalho privado, isto sendo trazido como fator decorrente histórico da negligência com as oportunidades dadas aos negros no Brasil pós abolição de 1988. No tocante à estrutura do mercado de trabalho privado moderno pode-se analisar também a discriminação embutida nos processos de seleção com entrevistas, que se dão sempre eivados da subjetividade dos empregadores, legitimando a ideia do racismo como fator estruturante das relações de trabalho, fato este que impede a mobilidade social tal parcela, mantendo-as na base da pirâmide. Além disto, quando são contratados, os empregados negros ganham, conforme pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e estudos Socioeconômicos (DIEESE), 36,11% menos que brancos no país. Ademais, de acordo com Zuchi (2004), em 2008 a população negra representava 15,5

Palavras-Chave: Racismo Institucional, Igualdade, Mercado de Trabalho

  1. Autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  2. Co-autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  3. Co-autor, Graduação (Cursando), FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
  4. Orientador, Mestrado (Concluído), UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB