ADOÇÃO: implicações e prejuízos da morosidade processual no enfoque do adotando.
Israely Candido dos Santos
Nadinne Sales Callou Esmeraldo Paes
Direito
2016
Adoção. Criança. Adolescente. Processo. Morosidade. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Nacional da adoção.
A presente
monografia tem por objetivo abordar o processo de adoção no Brasil, englobando
as mudanças trazidas ao Estatuto da Criança e Adolescente pela Lei 12.010/09
que introduziu novidades ao processo, analisando os procedimentos burocráticos
introduzidos por tal lei como entraves a efetivação da constituição de um novo
vínculo familiar. Primeiramente, elucidar-se-á a evolução legislativa do
instituto durante o decorrer da história até a sua concepção atual, conceito e
requisitos para sua constituição. A proteção às crianças e aos adolescentes,
com o advento da Constituição de 1988 e do Estatuto da Criança e do
Adolescente, ganhou novos rumos, passando a assegurar o direito à convivência
familiar como um direito fundamental e estabelecendo o princípio da prioridade
absoluta como norteador das políticas públicas voltadas a tais infantes,
direcionando o processo de adoção ao melhor interesse da criança e adolescente.
Sabe-se que atualmente no Brasil milhares de crianças e adolescentes são
responsáveis por lotar os abrigos brasileiros. Contudo, a legislação brasileira
que foi formulada no intuito de conceder uma maior celeridade e eficiência aos
processos de adoção acabou por tornar o processo ainda mais lento e
burocrático, sendo capaz de acarretar consigo problemas psicológicos
irreversíveis para os envolvidos. Abordando-se então tal problemática sobre uma
análise qualitativa e quantitativa dos dados estatísticos das adoções
brasileiras, como também uma análise de cunho bibliográfico. Nessa acepção,
pretendeu-se compreender e analisar as mazelas que afligem o processo de adoção
brasileiro.