Este trabalho estuda a maneira como o assédio moral desponta no âmbito do serviço público, investigando suas repercussões jurídicas para o assediador e o assediado, levando-se em conta as contribuições doutrinárias e empíricas no Brasil, assim como as legais e jurisprudenciais existentes no ordenamento pátrio. O estudo se baseia no mapeamento do cenário público em que se estabelecem as diversas relações de trabalho, que possibilitam o surgimento do assédio moral, analisando as condutas que caracterizam a violência e seus agentes praticantes, bem como suas prováveis causas, além dos impactos causados na vida profissional e familiar dos servidores assediados. Inicialmente é feito um breve histórico do assédio moral no trabalho, e em seguida a discussão teórica acerca do instituto. A metodologia escolhida inclui a revisão e produção bibliográfica, e a pesquisa de campo. Os dados apresentados em capítulo próprio foram levantados diretamente entre servidores públicos de escolas municipais e estaduais, lotados nos quadros das secretarias de educação nos municípios de Barbalha e de Juazeiro do Norte e do Estado do Ceará. Utilizando-se o método hipotético-dedutivo, de abordagem qualitativa e quantitativa, foi constituída uma mostra com 69 servidores públicos. Foram aplicados questionários com questionamentos abertos e fechados, com o intuito de chegar o mais próximo possível da realidade, concluindo-se que o tema assédio moral, apesar de trazer-lhes sérias consequências, inclusive de saúde, ainda representa tabu e / ou temor por parte de muitos dos entrevistados.