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A PSICOPATOLOGIZAÇÃO EM JOVENS E O FENÔMENO DA MEDICALIZAÇÃO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Francisca da Silva Mota

Leonil Nunes do Prado Junior

Psicologia

2022

Medicalização; Jovens; Psicopatologização; Psicanálise; Revisão Sistemática.

Este presente trabalho objetivou analisar através de uma revisão sistemática da literatura o
aumento de psicopatologias em jovens na contemporaneidade, bem como os enlaces:
medicalização, medicamentalização, psicopatologização da vida cotidiana e diagnóstica
psicanalítica. Para isso, utilizamos uma revisão sistemática dos artigos, teses, dissertações e
livros que apresentaram semelhança com a temática e publicados entre os períodos de 1980 a
2022. Contemplando como arcabouço teórico a Psicanálise. O processo de investigação foi
realizado nas bases eletrônicas: Scientific Eletronic Online (SciELO), Biblioteca Digital

Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), Biblioteca Virtual em Saúde – Psicologia (BVS-
Psi) e o Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES). Através dos achados, não foram encontrados estudos que apresentassem o
aumento de psicopatologização em jovens. Na oportunidade se faz necessário novos debates
que extrapolam o tratamento, propomos aqui um viés mais preventivo. A escuta ampliada dos
sujeitos não se reduz apenas em ambientes clínicos, já que a via da verdade não está centrada
somente na clínica psicanalítica como único roteiro de tratamento, mas na construção de
novas políticas públicas. Assentimos a importância de um debate continuado entre os saberes
das ciências humanas e sociais, com foco na atenção psicossocial e educacional. Logo, surge
como oportunidade desenvolver palestras continuadas no campo da educação, a fim de
informar, orientar e, além disso, produzir conhecimento junto aos jovens, para isso se faz
necessário deixar marcado algo notável, o jovem não está separado de seu passado, assim as
palestras poderiam iniciar-se no ensino fundamental. A ausência de escuta preventiva pode
estar relacionada à desigualdade social existente no Brasil, omissões e cortes referentes às
políticas públicas, um hiato entre o que foi prescrito e o real, por muitas vezes silenciado.
Assim, propomos novos estudos a partir do lugar de fala dos jovens, sem foracluí-lo como
sujeito desejante.