O presente trabalho tem como proposta trazer uma maior visibilidade acerca da
narcolepsia, além de enfatizar os impactos psicológicos vivenciados pelos sujeitos
portadores do transtorno, no que diz respeito a sua qualidade de vida. A narcolepsia,
em sua etimologia, vem do grego narco, que significa sonolência e lepsia, crise.
Citada inicialmente por Gelineau em 1880, como a síndrome dos ataques de sono. É
atualmente reconhecida como um distúrbio do sistema nervoso central. Observações
de pesquisas constataram a deficiência na neurotransmissão de hipocretina, como a
principal causa. Atualmente o tratamento se dá, basicamente, pela via
medicamentosa. Os medicamentos mais utilizados consistem em drogas
estimulantes, antidepressivos tricíclicos e outros inibidores. Como a narcolepsia altera
o sono e, consequentemente, o comportamento, a Psicologia também pode contribuir
para o tratamento. Diante de todas as abordagens que a Psicologia dispõe, a terapia
cognitivo-comportamental apresenta técnicas e métodos que podem trazer formas de
adaptação e uma melhora na qualidade de vida. O tratamento medicamentoso
juntamente com o apoio psicológico adequado é necessário a fim de aprimorar a
qualidade de vida e auxiliar estes pacientes a continuarem suas atividades
acadêmicas, sociais e de trabalho. Através da estruturação que Terapia Cognitivo-
Comportamental dispõe, a princípio com a conceitualização cognitiva e
posteriormente com suas técnicas, métodos e estratégias: Psicoeducação, Treino de
Habilidades Sociais, Questionamento Socrático, é possível que o acompanhamento
psicológico possibilite ao portador da doença alívio dos sintomas e o enfrentamento
ou adaptação do seu novo estilo de vida