A nutrição oferece relevante contribuição, e consiste numa etapa valiosa
para o desempenho bem-sucedido de atletas, ainda assim, algumas vezes não é o
bastante para suprir às necessidades energéticas do treinamento. O uso dos
suplementos é comum em todos os níveis do esporte, e pode desempenhar
inúmeras funções, como gerenciamento de deficiências de micronutrientes,
abastecimento de energia e macronutrientes, oferta de benefícios diretos e indiretos
para o desempenho e suporte de regimes intensos de treinamento. Nesse sentido, o
uso de recursos ergogênicos potencializam o desempenho esportivo, aumentando o
desempenho através da intensificação da potência física, da força mental ou do limite
mecânico, resultando na prevenção ou retardamento da fadiga muscular, a exemplo da
β-alanina(MAUHGAN et al., 2018; HUERTA et al., 2020).
O treinamento esportivo caracteriza-se pela apresentação de um padrão de
atividade constituído de esforços intermitentes, alternando ações de baixa, moderada
e alta intensidade. Essas características sugerem elevada demanda física aos atletas,
cujo desempenho competitivo parece se correlacionar com a manifestação ótima dos
atributos individuais associados às diferentes habilidades motoras como, força,
resistência e velocidade (SOARES at al., 2014).
A suplementação com β-alanina é comumente utilizada para o desempenho
físico, embora os mecanismos relacionados aos efeitos ergogênicos da sua
suplementação crônica ainda sejam fortemente debatidos, o ponto de vista comum é
que a suplementação com β-alanina eleva o conteúdo de carnosina intramuscular,
resultando em um aumento na capacidade tampão do tecido muscular esquelético,
produzindo retardamento da fadiga muscular e facilitando a recuperação durante
sessões repetidas de exercícios de alta e baixa intensidade (BELLINGER et al., 2014).
Nesse sentido, carnosina é um dipeptídeo sintetizado no corpo a partir de βalanina e L- histidina e foi originalmente descoberta no músculo esquelético, onde está
presente em maiores quantidades. Além disso, também pode ser encontrada no
cérebro, coração e tecidos gastrointestinais, e possui uma ampla atuação no
organismo humano como, eliminação de radicais livres não enzimáticos, possui
propriedades anti-inflamatórias, neuroprotetoras e antioxidante. No entando, seu
papel mais bem estabelecidos na literatura é o tamponamento do potencial
hidrogeniônico (pH), atividade quelante de metais pesados e atividade antiglicante (JUKIĆ et al., 2021).