A depressão é um dos transtornos mentais que mais cresce em todo o mundo,
e pode atingir qualquer pessoa de qualquer idade, etnia, limitando a qualidade de vida
do paciente. A doença em questão tem natureza multifatorial que pode ser genética,
biológica, alimentar, por causa do seu estilo de vida e ambiente (DA ROCHA; MYVA;
DE ALMEIDA, 2020).
De acordo com a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) cerca de 300
milhões de pessoas no mundo têm o diagnóstico de depressão, por mais que exista
tratamento para depressão, nem metade recebe tratamento adequado. Dentro das
queixas mais recorrentes, estão a falta de recursos, falta de profissional capacitado,
outra causa que impede o tratamento e a negligência no diagnóstico da patologia
(BRASIL, 2017).
O principal fator que remete a doença é uma diminuição dos
neurotransmissores serotonina, dopamina e noradrenalina, já que eles estão
relacionados com os sintomas da depressão (MORGESE; TRABACE, 2019). Os
neurotransmissores são responsáveis em conduzir informações químicas cerebrais, e
o estilo de vida pode interferir alterando os sinais químicos e afetar o desempenho do
sistema nervoso (HALDER, 2010).
Para o tratamento dos sinais e sintomas da depressão de forma eficaz, além
dos medicamentos, e a psicoterapia, inclui-se também o tratamento com a terapia
nutricional, pois uma alimentação rica em micronutrientes contribui não só para a
redução de sintomas, mas também para a prevenção da doença, podendo contribuir
na eficácia de alguns medicamentos. Para auxiliar no controle dos sintomas e sinais
depressivos, recomenda-se principalmente aqueles alimentos ricos em triptofano, que
é um aminoácido essencial pois eles são fundamentais para a síntese de serotonina.
A exemplo desses alimentos ricos em triptofano estão a banana, sementes de
abóbora, soja, tâmaras seca, alimentos ricos em proteínas (BARBOSA, 2020).
De acordo com Jacka et al., (2015), a depressão pode estar relacionada com
uma dieta inflamatória, como o aumento do consumo de alimentos ricos em açúcares,
excesso de gordura, alimentos processados, ou seja, uma alimentação pobre em
nutrientes. Os indivíduos estão cada vez mais superalimentados, mais desnutridos em
relação aos micronutrientes, pois tem um baixo consumo de frutas, verduras e
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legumes, assim não conseguem atingir a ingestão recomendada de vitaminas e
minerais.
Existe uma forte relação descrita na literatura entre a carência nutricional com
transtornos mentais. Alguns exemplos são a carência de vitamina do complexo B,
ácido graxo ômega-3, zinco, magnésio, vitamina D e o aminoácido triptofano, já que
níveis baixos deles então ligado com surgimento dos sinais e sintomas de episódios
depressivos (SEZINI; DO COUTT GIL, 2014).
Estudo tem mostrado que a hipovitaminose D pode estar relacionada com o
aumento do quadro de depressão entre 8