A gestação e parto são momentos de grande vulnerabilidade da mulher. Além das condições do
próprio corpo, há ainda uma grande repercussão emocional do estado de gravidez. E mesmo
nesse momento de vulnerabilidade, mulheres em todo o mundo ainda podem enfrentar, por
vezes, hostilidade, desrespeito e agressão por parte da própria equipe de assistência ao parto;
atos assim caracterizados são nomeados como Violência obstétrica. Apesar da violência
obstétrica ser um assunto bastante debatido nos últimos dez anos no meio acadêmico, ainda há
uma carência de estudos que busquem identificar repercussão psicológica dessas vivências. O
objetivo principal do presente trabalho é investigar quais os possíveis impactos psicológicos
causados por este tipo de violência por meio da revisão de literatura existente sobre o parto,
sobre o puerpério e sobre a relação mãe-bebê. Frente à uma análise da relação mãe-bebê e da
maternidade em si, foi possível perceber que as vivências de violência institucional obstétrica
impactam negativamente na subjetividade da recém-mãe e do seu bebê.