A percepção da imagem corporal do ser humano é baseada na forma como este se
relaciona com o mundo, as mídias informativas e redes sociais, exercendo papel
expressivo na percepção dessa imagem e contribuindo para a insatisfação corporal.
Por isso, este estudo objetivou avaliar a imagem corporal de mulheres que praticam
exercício físico, assim como identificar a percepção e satisfação com a sua imagem
corporal. Para a condução desse estudo, do tipo transversal realizado com 54
mulheres entre 20 e 50 anos residentes em Juazeiro do Norte, foram coletados
dados socioeconômicos, avaliação do estado nutricional, percepção da imagem por
meio da escala de silhueta feminina Kakeshita e insatisfação da imagem corporal
por meio do questionário Body Shape Questionnaire. Observou-se que mulheres
com baixo peso (5,5%) e eutrofia (57,5%) subestimam o tamanho do seu corpo e
mulheres com sobrepeso (37%) superestimam. Os três grupos apresentaram
insatisfação com a imagem corporal, sendo que mulheres com sobrepeso tendem a
ter maior insatisfação quando comparadas com grupo eutrofia. As participantes do
grupo sobrepeso possuíam grau de escolaridade e renda salarial menores quando
comparadas ao grupo eutrófico. O estudo evidencia correlação diretamente
proporcional entre peso e satisfação corporal (r=0,53) e percepção corporal e
satisfação com a imagem corporal (r=0,59). Destaca-se que independente do estado
nutricional, a insatisfação apresentada pelas participantes, mesmo leve, demonstra
que essas mulheres estão preocupadas com seus corpos e valorizam um ideal de
magreza, apresentando desejo em sua maioria, por uma silhueta menor.