A sociedade, desde o início da era da informática, passou a ser transformada pela velocidade
das operações, pela circulação ilimitada de informações, bem como pelo conforto e
simplificação que a rede traz para os seus usuários. Por isso, viu-se com entusiasmo a
inovação que se apresentava. Mas, se por um lado os benefícios são inúmeros, por outro os
malefícios também o são. Assim, surgiram várias questões de âmbitos psicológicos,
comportamentais e sociais. Neste trabalho, discorrer-se-á sobre as problemáticas que surgem
no campo jurídico e da bioética, tratando especialmente da coleta cada vez mais elevada de
dados dos usuários, necessária para a própria utilização dos serviços oferecidos pelos
servidores. Assim, surgiu a pergunta problema desta pesquisa: Como a bioética pode auxiliar
no resguardo da vulnerabilidade do usuário paciente frente a violações do direito da proteção
de dados sensíveis? Nesse sentido, buscou-se como objetivo geral demonstrar a
vulnerabilidade do usuário paciente e a necessidade de proteção de seus dados sensíveis sob
um enfoque bioético e, como objetivos específicos: a) expor conceitos teóricos legais sobre
dados sensíveis em saúde; b) elencar casos de exposição da vulnerabilidade do usuário
paciente diante de violação da proteção de seus dados sensíveis; c) abordar a bioética como
uma proposta para o resguardo da vulnerabilidade do paciente frente a violações de seus
dados sensíveis. O trabalho buscou definir sua metodologia sendo formada a partir
principalmente de teorias e leis vigentes, até aos casos genéricos orientando a uma aplicação
mais particularizada, segue-se portanto como método dedutivo. O tipo de pesquisa é
bibliográfica, que se dará baseado no estudo de livros, notícias, leis, artigos, sites e revistas
científicas. Além disso, é também uma pesquisa teórica de abordagem qualitativa, visto que
não envolveu o estudo de números, e sim de diversos casos de vazamentos de dados sensíveis
da saúde. Tais foram retirados de notícias veiculadas em diferentes sites e jornais eletrônicos.
É clara a necessidade de se lançar um olhar sob a ótica do direito e da bioética voltado
principalmente à questão da proteção de dados pessoais, em especial frente aos novos tempos
que já se apresentam cheios de complexidade, imprevisibilidade e inovações. O direito não só
deve acompanhar, mas também regular o cenário que se revela. A bioética possui sua visão
sustentada na prudência e a busca em fazer o melhor diante das possibilidades, lançando bases
para passos mais acertados e firmes perante situações complexas que lhe dá a autoridade e
preferência para ser utilizada no trabalho. Portanto, ambos se mostram como grandes
instrumentos para promover benefícios diante das novas relações jurídicas que surgem na era
técnico-científico informacional.