A pesquisa tem como objeto de estudo o tempo de duração da adoção brasileira. Fora
abordada a sua evolução desde os tempos mais remotos até a atualidade, mostrando
como ocorre todo o processo, segundo a legislação do Brasil, desde o acolhimento
institucional das crianças e dos adolescentes, a destituição do poder familiar,
habilitação de pretendentes bem como a escolha do perfil do adotando e o processo
de adoção em si, que vem logo após a realização do estágio de convivência. Trata-se
de uma pesquisa em que a metodologia escolhida é a da abordagem qualitativa e
quantitativa, analisando o objeto de pesquisa com dados da realidade, fazendo
conclusões e interpretações a partir deles, como também apresentando dados de
relatórios anuais do Conselho Nacional de Justiça. No presente trabalho, também
foram analisados dados do Sistema Nacional de Adoção (SNA), fazendo um
comparativo entre os perfis reais das crianças acolhidas, aptas para adoção e aquelas
que já foram efetivamente adotadas e o perfil selecionado pelos pretendentes. Foram
identificadas as maiores disparidades quanto à faixa etária, cuja preferência dos
pretendentes diverge da realidade da maioria da faixa etária das crianças aptas ao
processo adotivo, o que faz com que o tempo de duração na fila do Sistema Nacional
de Adoção e Acolhimento seja maior, a depender da escolha do perfil.