Apesar das constantes políticas e iniciativas voltadas ao atendimento de saúde para gestantes
e puérperas, ora do sistema público, ora de órgãos voluntários, nota-se uma escassez de
espaços adequados e acolhedores que auxiliem nesses cuidados. A arquitetura sensorial, com
sua primícia de abordar, nos ambientes, estímulos a todos os sentidos humanos, surge como
possibilidade de aplicação para garantia de conforto e humanização inclusive na área da saúde.
O presente artigo investiga os benefícios que a abordagem multissensorial traria a essas
mulheres, sobretudo àquelas em situação de risco socioeconômico ou médico. A metodologia
aplicada nesse estudo é baseada além da pesquisa bibliográfica de caráter exploratório, a
respeito da sensorialidade e dos desafios do período perinatal, em estudos de caso de projetos
arquitetônicos que abordam pelo menos uma das duas temáticas centrais. Desse modo,
pretende-se obter um entendimento amplo dessas potencialidades, contribuindo
significativamente com a promoção da saúde e redução da mortalidade materna, e com a
garantia da vida dos nascituros. Por fim, constata-se o quanto uma assistência direcionada e
pautada nas questões sensoriais, pode promover bem-estar psicoemocional e tranquilidade às
ocupantes.