IDENTIFICAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS POR FISIOTERAPEUTAS PARA AVALIAR E TRATAR A DOR EM NEONATOS INTERNADOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
Mariana Paola de Aquino Fernandes
Francisco Fabio Bezerra de Oliveira
Fisioterapia
2024
UTI Neonatal; Manejo da Dor; Fisioterapeutas
Recém-nascidos internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) enfrentam, diariamente, diversos procedimentos invasivos e um ambiente estressante, impactando suas funções vitais e potencialmente causando efeitos duradouros. Embora haja alternativas para avaliar e tratar a dor nessa população, a utilização de escalas e métodos para o manejo da dor enfrenta desafios. O objetivo do estudo visou investigar as abordagens de fisioterapeutas na avaliação e tratamento da dor em neonatos na UTIN, detalhando práticas, protocolos e desafios enfrentados, além de analisar o conhecimento profissional no controle de sinais de dor. O estudo, de natureza descritiva e exploratória, empregou o método qualiquantitativo e foi conduzido em dois hospitais da região do Cariri que possuem UTIN, localizados nas cidades de Juazeiro do Norte e Barbalha. Profissionais de fisioterapia atuantes nesses locais, com pelo menos 6 meses de experiência no cuidado direto ao RN, foram incluídos mediante consentimento após leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. A coleta de dados, realizada por questionário semiestruturado, abordou dados profissionais, avaliação da dor (uso de escalas) e métodos de alívio em neonatos. Os dados coletados foram estruturados em um banco de dados na planilha eletrônica Microsoft Excel®, conferidos e exportados para tabulação e análise utilizado o programa estatístico GraphPad Prism, versão 9.0., aplicando técnicas estatísticas descritivas e teste de correlação. Este estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Centro Universitário Paraíso (UniFAP/FAP), sob o número de parecer 6.969.152, e seguiu os protocolos estabelecidos pela Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, garantindo a não obrigatoriedade da participação, a liberdade para desistir, a ausência de taxas e a garantia de anonimato após a assinatura do TCLE. Os resultados indicaram um bom reconhecimento dos sinais de dor e a adoção frequente de estratégias não farmacológicas, como posicionamento terapêutico e sucção não nutritiva. Contudo, o uso de escalas para avaliação da dor mostrou-se limitado, e 43% dos participantes relataram a ausência de protocolos institucionais. Entre os principais desafios destacaram-se a falta de conhecimento da equipe e a resistência ao tratamento proativo da dor