PERFIL DE POTENCIAIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA E O ADEQUADO MANEJO CLÍNICO: Uma revisão integrativa
andreina barros dos santos
Regilane Matos da Silva Prado
Farmácia
2024
UTI. Interações Medicamentosas. Manejo clínico.
Pacientes de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) são mais propensos a apresentarem interações medicamentosas, tendo em vista os vários fatores de risco associados. Cabe o questionamento quanto aos aspectos das principais Potenciais Interações Medicamentosas evidenciadas em UTI e quanto às estratégias de manejo clínico adequadas para garantir a segurança e a eficácia do tratamento de pacientes críticos. Este estudo é uma Revisão Integrativa de abordagem quanti-qualitativa, em que foram utilizadas as bases de dados MEDLINE e LILACS via Biblioteca Virtual da Saúde, e também o Portal de Periódicos Capes e o Google Acadêmico. A prevalência das interações potenciais nas prescrições variou de 69 a 100%, sendo que 60% dos estudos considerados possuíram uma prevalência igual ou superior a 90%. As interações mais prevalentes foram: Fentanil e Midazolam, Midazolam e Omeprazol, e Dipirona e Enoxaparina. A associação entre fentanil e midazolam é utilizada na UTI com o propósito de intensificar o conforto e alívio da dor. É importante o acompanhamento da depressão respiratória e do Sistema Nervoso Central. O omeprazol inibe enzimas CYP3A4, responsáveis pela oxidação do midazolam, podendo aumentar o nível da sedação. A interação de dipirona e enoxaparina na UTI aumenta o risco de sangramento para o paciente, sendo necessário monitorar os sinais de sangramento. Reafirma-se a importância do conhecimento acerca das interações medicamentosas. Observou-se que apesar da elevada prevalência das interações nesse ambiente, algumas delas são propositais e podem ser benéficas para o paciente, quando ocorrer o seu monitoramento adequado.