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VACINAÇÃO CONTRA O HPV NO BRASIL: AVANÇOS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS

Michele rodrigues Muniz

Karisia Caldas Tavares

Farmácia

2024

Imunização; cobertura vacinal; papilomavírus humano.

O Vírus do Papiloma Humano (HPV) é um agente de transmissão sexual que afeta indivíduos de ambos os sexos em todo o mundo, sobretudo os jovens que têm atividade sexual. Ele é responsável por causar verrugas genitais, lesões pré-cancerosas e câncer em várias partes do corpo, como o colo do útero, a orofaringe, a vagina, o ânus. Os tipos 16 e 18 estão mais diretamente associados ao câncer cervical. No Brasil, a prevalência de HPV é de 54,6%, sendo que 38,4% dos casos envolvem vírus de alto risco para câncer. A vacinação contra o HPV iniciou-se nos Estados Unidos em 2006 e até 2019 estava em uso em 40 países e territórios das Américas. Recomenda-se a vacina tetravalente para meninas e mulheres de 9 a 45 anos. O trabalho aborda a vacinação contra o HPV no Brasil, destacando seus avanços, desafios e perspectivas. No Brasil, a vacinação contra o HPV foi incluída no calendário nacional em 2014 e, apesar de sua eficácia comprovada, a adesão ao esquema vacinal ainda enfrenta desafios, como preconceito, desinformação e baixa conscientização. Observou-se que a cobertura vacinal no Brasil está abaixo da meta estabelecida pela OMS, com baixa adesão à segunda dose, principalmente entre adolescentes. Além disso, o estudo enfatiza a importância de incluir conteúdos sobre imunização nos currículos de cursos da área de saúde para capacitar os profissionais e ampliar o acesso a informações corretas e confiáveis. A adoção de uma dose única de vacina, como proposto em 2024 pelo Ministério da Saúde, é apresentada como uma alternativa para melhorar a cobertura vacinal e reduzir as complicações associadas ao HPV no país.