Lívia Carla Verissimo Souza

Mariana Gomes Vidal Sampaio

Farmácia

2024

Antimicrobianos; Urocultura; Resistência Bacteriana.

A Infecção do Trato Urinário (ITU) ocorre pela invasão e proliferação bacteriana no sistema urinário, sendo uma das infecções mais frequentes na gestação, podendo ocasionar complicações sérias, como aborto espontâneo e riscos materno-fetais. Alterações anatômicas e fisiológicas durante a gravidez favorecem seu surgimento, com a bactéria gram-negativa Escherichia coli destacando-se como o principal agente causador, responsável por 80?0% dos casos. Este estudo visa avaliar o perfil de resistência dos patógenos causadores da infecção do trato urinário em gestantes atendidas em um laboratório da cidade de Assaré-CE, bem como analisar exames de sumario de urina, urocultura e antibiograma, além de verificar a idade gestacional das pacientes. Durante o estudo foram analisados 53 exames de sumário de urina, urocultura e antibiograma realizados entre junho e outubro de 2024, dos quais 5 (9,43%) apresentaram uroculturas positivas, enquanto 48 (90,6%) foram uroculturas negativas. Foram excluídos os exames de gestantes fora da faixa etária estabelecida de 18 a 40 anos, bem como exames incompletos ou aqueles que não incluíam resultados de antibiograma, sumário de urina ou urocultura. Nos resultados, E. coli foi o único patógeno identificado, apresentando resistência a antibióticos amplamente usados, como ampicilina (11,1%) e cefalexina (5,6%). A resistência à ampicilina destaca a importância de uma escolha criteriosa de antibióticos para evitar riscos à saúde materno-fetal. Este estudo enfatiza a importância do acompanhamento contínuo e da educação em saúde para gestantes, com ênfase no uso racional de antibióticos e na prevenção de complicações associadas no tratamento da ITU durante o período gestacional.